O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do Magistério de Altamira foi retirado da pauta de votação da Câmara de Vereadores, meia hora antes do inicio da sessão ordinária de hoje, 30 de abril. O fato pegou a categoria de surpresa. Muitos educadores foram a Câmara hoje para acompanhar essa votação, que já tinha sido discutida pela Comissão de Justiça da Câmara, inclusive com a realização de várias audiências públicas entre os vereadores e a coordenação do SINTEPP.
O pedido de retirada de pauta foi feito pelo vereador Isaac Costa (PP), da base do prefeito, sob o argumento de que precisava estudá-lo melhor. O pedido foi pra votação, e acabou sendo aprovado pela maioria dos vereadores presentes, todos da base, com votos contrários dos vereadores Agnaldo Rosas, Marcos Nascimento, Socorro do Carmo e Aldo Boaventura, que hoje são a oposição. A decisão gerou revolta a classe educadora. Com manifestos, eles pediam que o presidente da Casa de Leis, o vereador Loredan Melo (MDB), recolocasse o projeto em votação, como estava previsto, mas não foram atendidos pela presidência. A partir deste momento, os trabalhadores da educação viraram as costas para os vereadores e começaram a chamar o presidente da Câmara de golpista.
Os vereadores da oposição chegaram a cobrar uma explicação do vereador Isaac Costa, para o pedido de retirada de pauta, alegando que essa retirada seria uma manobra governista para impedir a votação do PCCR, mas o vereador, como todos os outros da base, preferiram não usar a tribuna. Os vereadores da oposição ainda lembraram que amanhã, dia 01 de maio, comemora-se o dia do Trabalhador, e a aprovação desse projeto seria uma conquista para a classe. Os apelos foram mais uma vez ignorados pela presidência da Casa de Leis, que deu inicio a sessão sem o projeto em pauta, mas como os protestos pacíficos continuaram, Loredan resolveu suspender a sessão.
Com o fim antecipado da sessão, os educadores decidiram que vão voltar a Câmara quantas vezes for preciso para acompanhar o desenrolar dessa votação. A classe também exige a realização de um concurso público municipal, já que o ultimo que teve validade foi na década de 90, e que nesse concurso sejam incluídas as funções de Gari, Auxiliar de Serviços Gerais e Vigilante, que foram retiradas do Plano através do Projeto de Lei nº 91/19 de autoria do executivo municipal.
Acompanhe abaixo o manifesto dos educadores durante a sessão:
Valéria Furlan/ Wilson Soares – A Voz do Xingu