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Em ação voluntária, empregados da Norte Energia retiram toneladas de lixo do Rio Xingu

II Remada Ecológica faz parte do Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da Usina Hidrelétrica Belo Monte e busca sensibilizar sobre o descarte inadequado de resíduos como plásticos, que demoram até 600 anos para se decompor

Foto: Divulgação/Norte Energia
Foto: Divulgação/Norte Energia
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A II Remada Ecológica Voluntária da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, recolheu do Rio Xingu, no último sábado (10/8), mais de quatro toneladas de lixo, que levariam centenas de anos para se decompor. Para se ter uma ideia, uma simples garrafa pet demora de 200 a 600 anos para se desfazer no meio ambiente, segundo o Ibama. O Xingu é um dos mais extensos e importantes afluentes do rio Amazonas e mantê-lo limpo é fundamental para a preservação do bioma da floresta Amazônica.

Foto: Divulgação/Norte Energia

A ação, que teve a participação de mais de 30 voluntários da Norte Energia e o apoio do Centro Regional de Educação Ambiental do Xingu (Creax), que busca promover a educação ambiental e sensibilizar o público para a preservação dos rios, chamando atenção para o descarte inadequado de resíduos. Ao chegar nos rios, esses detritos formam ilhas de lixo, prejudicando a sobrevivência dos animais, que acabam ingerindo o plástico, e ainda contaminam a água, utilizada para consumo humano, causando diversas doenças.

“A gente viu o volume de lixo que tem aqui, e em uma ação de três horas vários sacos de lixos foram retirados. E o melhor exemplo é mostrar a prática, quando a gente mostra com a mão na massa e percebe o quanto de lixo o rio devolve para a gente, não tem como você não perceber e não transparecer essa conscientização”, disse o voluntário Esdras Eliwan.

“Tivemos a oportunidade de recolher diversos materiais que estavam às margens, que infelizmente demonstram o quanto que nós temos que evoluir no cuidado com a natureza”, enfatiza o voluntário Wagner Lellis.

A programação começou às 7 horas e os participantes, em caiaques, recolheram o lixo das águas do Xingu ao longo de 5,20 km, saindo do bairro Tavaquara e finalizando o percurso na rampa da rua da Peixaria Ver-o-Rio, em Altamira, no Pará. Esse ano, o grupo teve o suporte do Poraquê I, primeira voadeira elétrica da região amazônica. Desenvolvida pela Norte Energia, o objetivo é reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) em atividades da empresa e deixar a tecnologia da embarcação como legado para ajudar a descarbonizar o rio.

A Remada Ecológica é promovida pela Norte Energia por meio do Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da usina. “Estamos aqui para engajar os nossos colaboradores que são voluntários nessa ação com relação à importância de se conservar a natureza, o rio Xingu e evitar, sobretudo, a destinação de lixo inadequado nos rios. Esse ano contamos com o apoio da voadeira Poraquê I, a primeira voadeira 100% elétrica da região amazônica e ela está aqui também para trazer ao rio descarbonização, nova tecnologia e inovação para a Amazônia”, disse Bruno Bahiana, superintendente Socioambiental e do Componente Indígena da Norte Energia.

Segundo dados levantados pelo Creax, nesta última década foi produzido mais plástico do que em todo o século passado e, por ano, são utilizados 17 milhões de barris de petróleo para fabricar as garrafas plásticas. Os brasileiros produzem, em média, cerca de 11,025 milhões de toneladas de lixo plástico ao ano, descartando boa parte indevidamente nos rios.

“Cada um de nós tem um papel crucial nesse processo. A conscientização individual é a base para uma mudança de hábitos que impacta diretamente o meio ambiente. Ao adotar práticas mais sustentáveis no nosso dia a dia, contribuímos para a redução da poluição e proteção da fauna e flora do Xingu”, explica Diego Amorim, coordenador socioambiental do Creax.

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