Em Altamira, exame com sedação assegura conforto a pacientes com neuropatologias

Na Transamazônica, Hospital Regional da Transamazônica (HRPT) é o único público da região a oferecer serviço monitorado por equipe multiprofissional

Hospital da Transamazônica adota método com anestesia para maior conforto de pacientes, após avaliações individuais
Hospital da Transamazônica adota método com anestesia para maior conforto de pacientes, após avaliações individuais
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Pela primeira vez, Isaac Santos, 5 anos, fez um exame com sedação. O procedimento foi feito no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará. O método proporciona mais conforto a pacientes com quadros como o de Isaac. Ele tem paralisia infantil, e dificuldade de controle sobre a coordenação motora, o que fazia com que, em outras épocas, fosse quase impossível realizar um eletroencefalograma, que monitora as atividades cerebrais a partir de eletrodos fixados na cabeça.

Mãe de Isaac, Antônia da Conceição Costa, confessa que ficou nervosa ao saber que o filho seria sedado antes do procedimento. “Eu fiquei preocupada porque é a primeira vez”. O eletro durou pouco mais de meia hora e os resultados servirão de base para tomada de decisão sobre o tratamento.

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“A gente vem de seis em seis meses, estamos aqui para fazer o exame e voltar com o neuro para dizer o que está acontecendo”, conta Antônia Costa, que é dona de casa e mora em Pacajá, um dos nove municípios que têm assistência no maior hospital público do sudoeste paraense.

Mileide Medeiros Loureiro, enfermeira do Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT), explica que, com o método exclusivo oferecido pelo Regional da Transamazônica na rede pública, “na prática o paciente tem a continuidade do tratamento ou mesmo um diagnóstico”.

Os casos são avaliados individualmente, o que facilita que o hospital agende as consultas de acordo com o perfil. “Muitos são encaminhados pelo neuro. Aqui, quando a gente vê que o paciente está muito agitado, sem condição de fazer o exame conforme fluxo [assim como os demais usuários], a gente explica a situação e agenda uma data para o paciente”.

Na maioria dos casos, são crianças e adultos já atendidos no HRPT, como Iderly Santos Figueredo, 29 anos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Maria de Farias Santos, mãe do jovem, conta que “o tratamento é feito todo aqui, com neuro, cardiologista e os exames. Aqui tem o empenho da equipe. A gente mora no Pacajá e a cada seis meses a gente vem. O próprio Regional liga” para informar as etapas pelas quais Iderly deve passar.

A anestesista Viviane Wosny foi a médica responsável por acompanhar Isaac e Iderly, pacientes com perfis e idades diferentes, mas com um ponto em comum: não conseguiriam passar pela avaliação sem a anestesia.

“A anestesia traz conforto para que a criança possa realizar o exame de forma eficaz com segurança cardiológica e respiratória”, detalha a médica, sobre a sedação, que também é monitorada por aparelhos que indicam as atividades essenciais para o bom funcionamento do corpo. “O exame é solicitado aqui no Regional para diagnóstico de epilepsia e outros transtornos neurológicos”, conclui.                                       

Reconhecido nacionalmente por serviços essenciais, e acreditado com Excelência, pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), o Hospital Regional Público da Transamazônica tem a humanização como um dos principais pilares. A avaliação com anestesia, disponibilizada às sextas-feiras, após avaliação da equipe de Enfermagem, reforça essa missão. “Eu trabalho aqui há seis anos, com pessoas que fazem esse tipo de exame. A gente contribui para que o exame seja de qualidade”, orgulha-se Maria do Socorro Caetano Moura, técnica em Enfermagem do setor.

Texto de Rômulo D’Castro

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