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Empresário é condenado pela segunda vez por estupro de vulnerável Santarém; pena é de 35 anos e 10 meses

Rilson Almeida, conhecido como Sonson, já cumpria pena de 15 anos por estuprar e tentar matar afogada uma terceira vítima.

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais
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O empresário Rilson Carneiro de Almeida, que está prisão domiciliar pelo crime de estupro de vulnerável contra a criança de 11 anos, foi condenado pela segunda vez pelo mesmo crime, desta vez praticado contra duas irmãs. A decisão do juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara Criminal de Santarém, oeste do Pará, foi publicada nesta quinta-feira (17). Sonson foi condenado a mais 35 anos e 10 meses de reclusão.

De acordo com o processo, os estupros de duas das vítimas, que são irmãs, foram praticados em momentos diferentes, sem que uma soubesse o que acontecia com a outra. A primeira vítima tinha 10 anos de idade, quando o acusado passou a frequentar sua residência e conquistar a confiança de seus famíliares. Sempre solicitava aos seus responsáveis que permitissem a menor passear com ele.

Conforme a denúncia apresentada pelo MPPA, o empresário violentou a vítima por vários anos, adentrando a fase da adolescência da menor, quando então passou a pagar para manter a relação sexual. O criminoso perseguia a menor na rua, convencendo-a a entrar no carro para depois levá-la ao motel.

No caso da segunda vítima, o acusado a convencia a ir para sua casa tomar banho de piscina desde os 8 anos de idade. Quando completou 10 anos, Sonson convenceu a família da criança a aceitar um convite. Na época disse que iria levar para a casa de uma irmã, mas ao se aproximarem do local, tentou violentar a menor.

A situação fez com que a vítima saísse do carro assustada e, enquanto caminhava pela via pública, o agressor a perseguia ordenando que entrasse no veículo. Por se negar diversas vezes, o acusado lhe mostrou uma arma de fogo que portava embaixo do banco do carro, obrigando a menor entrar e fazer o que ele mandasse.

De acordo com a sentença, o acusado, com sua conduta, praticou o crime de estupro de vulnerável, na modalidade continuada e por induzir as vítimas à prostituição. As penas acumuladas somaram 35 anos e 10 meses de prisão.

Síndrome de Estocolmo

De acordo com a decisão, o acusado perpetuou relacionamento abusivo até as vítimas alcançarem a maioridade sob próprio consentimento delas. Mesmo depois dos 14 anos, sob ameaças, continuaram a ceder às investidas do réu devido a perseguição.

Ainda de acordo com o documento, uma das vítimas demonstrou existir amizade para com o seu agressor, que em alguns momentos era violento e pusera sua vontade e, em outros, se contrariado, abraçava afetuosamente a vítima, oferecendo melhores condições de vida.

Para a justiça, esse é o tipo de comportamento, baseado na literatura psicossocial, como a Síndrome de Estocolmo, na qual a vítima se associa afetivamente ao agressor.

Outro caso

Rilson Almeida é conhecido na cidade de Santarém e já foi candidato a vereador. O empresário já havia sido condenado recentemente pelo crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 11 anos, filha de um delegado. Na decisão que o condenou a 15 anos de prisão, consta que ele ainda tentou matar a vítima afogada.

Após cometer esse crime, Sonson fugiu e passou 5 anos se escondendo para não ser preso. Mas, acabou localizado e preso em São Paulo, em operação coordenada pelo NAI/PCPA em junho de 2021. Atualmente cumpre prisão domiciliar em Santarém devido problemas de saúde.

Fonte: G1 Santarém

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