Na última quarta-feira (2), a proprietária de uma casa de luxo foi autuada por furto de energia elétrica. O esquema já acontecia há pelo menos oito meses em um condomínio de alto padrão. A mulher foi presa, mas liberada após pagar fiança de cinco salários mínimos. A ação é crime previsto no artigo 155 e gera de um a quatro anos de reclusão pelo delito de furto, além da cobrança do valor retroativo e multa.
De acordo com o gerente da área técnica comercial da Equatorial Pará, Ricardo Maciel, foram registradas cerca de 210 mil regularizações de furto de energia em todo o estado do Pará em 2021. Somente em janeiro deste ano, foi possível registrar 11.600 casos de desvio de energia elétrica. A prática criminosa não tem perfil definido e está espalhada por todas as regiões do estado entre as diversas classes de consumo.
Segundo Ricardo Maciel, as ligações clandestinas têm implicações que colocam em risco tanto a rede de fornecimento de energia, como a integridade física de quem pratica o ato. “Temos três implicações mais importantes. Primeiro, o risco criminal, enquadrado como furto, código 155 com pena prevista de um a oito anos de reclusão. O segundo ponto é o risco de acidentes. Quem pratica o furto e vai fazer o gato não tem equipamentos adequados e colocam fios fora do padrão. Isso causa risco de incêndio, de acidente, de curto circuito. O terceiro prejuízo seria da qualidade de fornecimento de energia, falta de energia, queima de equipamento, oscilação de pressão, curto circuito e incêndio”, explica.
SISTEMA
Para identificar os furtos de energia elétrica, a Equatorial dispõe de um sistema especializado com algoritmos que aponta os pontos de suspeita da ação de gatunos. A partir da primeira suspeita, a empresa entra com um procedimento de inspeção, onde são levantadas as informações da unidade consumidora e avaliado o prejuízo do consumo não registrado. Além disso, a empresa conta o sistema de denúncia pela central de atendimento 0800-091-01-96 e pelo site equatorialenergia.com.br. Em caso de reincidência, a concessionária pode optar por fazer um boletim de ocorrência formalizando a denúncia junto a Polícia Civil. “Em caso de vezes consecutiva é solicitado para a PC fazer uma apuração do caso, principalmente em casos de grandes empresas e comércios”, conclui o gerente Ricardo Maciel.
Fonte: DOL