Como numa dança entre o passado e o presente, Altamira viveu, nesta sexta-feira, 18 de julho, um dia que ficará gravado na memória de quem presenciou o segundo capítulo do Festival de Cultura e Jogos Indígenas do Xingu.
Foi um dia em que o tempo pareceu parar para dar lugar à força da ancestralidade, ao brilho da resistência e à beleza das tradições dos povos originários.
Desde as primeiras horas da programação, o clima era de celebração. A cidade mais uma vez se encheu de cores, sons e movimentos que traduzem a alma indígena.
A Arena de Jogos, na Orla do Cais, recebeu o público para as disputas da modalidade arco e flecha, abrindo a tarde com precisão, técnica e emoção.

Arco e flecha foi um dos destaques do dia. Foto: Ascom/PMA
Homens e mulheres das aldeias demonstraram domínio sobre uma prática que transcende o esporte: é cultura viva, ensinamento passado de geração em geração.
O entusiasmo foi visível. A cada disparo certeiro, aplausos. Na fase eliminatória, classificaram-se para a final as etnias Arara Cachoeira Seca, Araweté e Krimei Xikrin (masculino), e Juruna e Kayapó Kararaô (feminino).
Em seguida, foi a vez do arremesso de lança ganhar a atenção do público. A competição, marcada por força e técnica, também teve suas classificações: no masculino, avançaram as etnias Araweté, Parakanã, Kayapó, Kuruaya e Krimei Xikrin. No feminino, os destaques foram Arara Laranjal, Araweté, Xipaya, Asurini e Xikrin Bacajá.

Arremesso de lança surpreendeu o público. Foto: Ascom/PMA
Além das provas de arco e flecha e arremesso de lança, a tradicional corrida de bastão também movimentou a Arena de Jogos e empolgou o público presente. A modalidade, que exige trabalho em equipe, agilidade e resistência, simboliza a união e o espírito coletivo das aldeias.

Corrida de bastão exigiu agilidade e resistência. Foto: Ascom/PMA
À medida que o sol se despedia do Xingu, a Orla do Cais se transformou em palco de conexão e emoção.
Grupos culturais de diferentes etnias compartilharam rituais, danças e cantos que narram histórias de pertencimento, espiritualidade e identidade.

Etnias entoaram cantos durante as apresentações culturais. Foto: Ascom/PMA
Cada apresentação foi recebida com olhos atentos, câmeras erguidas e corações tocados. Uma noite em que a cultura falou alto, com orgulho e verdade.

Público não perdeu nenhum detalhe das apresentações. Foto: Ascom/PMA
E quando a lua já reinava sobre o rio, o palco principal vibrou em festa. O cantor Sam Bruno animou o público com um show cheio de energia e mensagens de valorização cultural.
Logo após, a DJ Aya encerrou a noite com um set eletrônico que reverenciou os sons da floresta, unindo tradição e modernidade em uma batida só.
Fonte: Ascom/PMA























