Os dias ficaram mais longos e as noites mais curtas para grande parte da população que, tentando se proteger da COVID-19, tem passado o dia todo dentro de casa. E, para cumprir à risca as determinações de distanciamento social dos órgãos de saúde, o celular se tornou um grande aliado para se aproximar da família, dos amigos e do trabalho.
O uso constante do aparelho é feito por adultos e por crianças, que usam o dispositivo para assistir conteúdos audiovisuais ou até mesmo para jogos virtuais. Especialistas também garantem que, quanto maior o uso, mais o aparelho se desgasta, ou seja, perde a vida útil. E um dos primeiros sinais é o descarregamento rápido da bateria.
Para não deixar o aparelho se desconectar, os usuários buscam auxílio de benjamins e extensões para “carregar o celular”, com frequência, mesmo quando há carga total da bateria. Mas, esse costume é altamente perigoso e pode trazer uma série de riscos para o usuário, devido a possíveis explosões ou descargas elétricas. Embora seja raro, esse tipo de acidente pode ser fatal. Nos últimos cinco anos, dois casos foram registrados no Estado, sendo um em Santarém e outro em Santa Maria do Pará.
Em muitos lares, os pais também recorrem ao uso do celular para distrair os bebês, entre uma tarefa e outra. Uma solução que pode se transformar em tragédia caso o aparelho esteja carregando. Além da possibilidade em colocar o celular na boca, as crianças podem levar choque ao manusear o equipamento. Portanto, a vigilância com a eletricidade deve estar sempre 100 por cento, diariamente.
De acordo com o executivo da área de Segurança da Equatorial Pará, Alex Fernandes, a disseminação dos cuidados que devem ser tomados, tem contribuído para evitar outros casos trágicos. “Não podemos achar que isso nunca vai acontecer com a gente. É preciso deixar o celular carregando sem mexer nele, porque enquanto carrega o aparelho fica esquentando e quando é manuseado, esquenta mais e fica ainda mais exposto ao risco de explosão”, explica. Devido a facilidade de quebra dos cabos, muitos usuários optam para aquisição de carregadores “piratas”, que acabam deixando o perigo mais evidente.
CHUVAS E CELULAR CARREGANDO – Além da quarentena, o período também é bastante chuvoso na região, o que torna ainda mais agravante a relação, quando o aparelho está ligado na tomada. O ideal é evitar utilizar, não só o celular que estiver recebendo carga, mas qualquer outro eletrodoméstico durante uma chuva intensa com muitos raios. As descargas atmosféricas podem penetrar na rede elétrica, atingir o carregador do telefone, ou de outro equipamento eletrônico, e causar uma fatalidade.
Vale ressaltar que não é recomendado carregar o celular em ambientes úmidos, seja um banheiro cheio de vapor ou nas proximidades de uma piscina, porque a água é uma boa condutora de eletricidade, potencializando o risco de curto e de choque elétrico.
Ascom Equatorial Pará com foto