Pessoas de diferentes áreas começaram os estudos na Escola de Sustentabilidade de Juruti, no oeste do Pará, que objetiva incentivar os alunos a realizarem melhorias no local onde moram, com visão e ações sustentáveis. Na segunda-feira (28), os 40 alunos das zonas urbana e rural do município, participaram da aula inaugural com o tema: “Democracia e Sustentabilidade: Os objetivos do Desenvolvimento Sustentável em Juruti”.
A Escola atuará sob metodologia baseada na Pedagogia da Alternância Freiriana, ou seja, integrando a escola com a comunidade onde o aluno vive. Os alunos são lideranças de associações e grupos da sociedade civil local. São pessoas que já têm um perfil de liderança, que aprenderão novas técnicas para contribuir com a comunidade.
O curso será dividido em módulos denominados “Círculos Formativos”, em sala de aula, e “Tempo Comunidade”, onde os alunos irão interagir com pessoas do círculo de convivência, levantar informações e desenvolver tarefas em suas áreas de atuação.
Durante o curso, os participantes já começam a contribuir com o meio onde vivem, conforme aplicam o conteúdo das aulas. O aluno Adrian Ribeiro, que é morador da Vila de Juruti Velho, ressaltou que os conhecimentos servirão para aprimorar trabalhos já desenvolvidos nos locais e que eles serão compartilhados para outras pessoas.
“Com esta formação, espero que possamos contribuir com o desenvolvimento econômico e social de nossas comunidades. A Escola de Sustentabilidade irá trazer novas técnicas, novos meios para aprimorar os trabalhos desenvolvidos, e iremos repassar o conhecimento aprendido para outros comunitários para espalharmos as raízes da sustentabilidade em nossa comunidade”, comentou.
A Escola é resultado de parceria entre o Instituto Juruti Sustentável (IJUS) e Instituto Alcoa, e é um projeto executado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). De acordo com os responsáveis, a iniciativa deve contribuir para a formação e desenvolvimento do território.
A diretora do IJUS, Deise Melo, destacou que a importância do curso aos participantes. “Temos alunos de faixas etárias diferentes e de diversas regiões. Os jovens, são a esperança para o futuro, e temos muitos jovens na turma, assim como as mulheres estão presentes demonstrando a força feminina. Todos serão multiplicadores, ampliando os benefícios do projeto”, disse.
A Escola já havia montado um projeto-piloto com uma turma em 2009. Deise frisou que a sociedade deve se apropriar da Escola para que ela permaneça em funcionamento.
Segundo o gerente de Recursos Humanos e Assuntos Institucionais da Alcoa Juruti, Rogério Ribas, a expectativa é das melhores. “Conhecimento é o único bem que é verdadeiramente nosso. […] A continuidade da Escola depende muito deste grupo. A maior prova de valor da escola será ver os alunos se tornando lideranças que contribuam com Juruti”, afirmou.
