Agricultores que moram ao longo do travessão 95-Sul, em Medicilândia, no sudoeste do Pará, fizeram um protesto e bloquearam a estrada neste domingo, dia 27 de janeiro. É que esse travessão com cerca de 12 km está sendo usado como desvio depois da queda de uma ponte de madeira na rodovia Transamazônica, no dia 24 de janeiro. Os colonos estão preocupados com o aumento do tráfego de veículos, além dos assaltos que vem ocorrendo na localidade.
Os moradores alegam que o travessão não recebeu nenhuma manutenção para suportar o trafego intenso de veículos e as pontes não são resistentes o suficiente pra aguentar a grande quantidade de carros e caminhões que tem passado diariamente. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a dificuldade dos motoristas em transitar pelo desvio depois de uma chuva.
Preocupados com essa situação, os colonos pediam providências urgentes da prefeitura local, já que o trecho é de responsabilidade do governo municipal. Com bloqueio, uma fila de carros começou a se formar dos dois lados do travessão. Motoristas pediam a liberação da estrada para seguir viagem, já os colonos alegavam que só iam liberar depois que um representante do governo municipal fosse até o local ouvir as reivindicações. Com o impasse, a polícia militar foi acionada. Os policiais conseguiram convencer os colonos a desbloquear a estrada, que ficou cerca de uma hora fechada.
Já a Rodovia Transamazônica continua interditada depois da queda da ponte de madeira no km 94. O incidente aconteceu na madrugada de 24 de janeiro. Uma equipe do DNIT se deslocou para o local e trabalha para recuperar a ponte. A previsão é que o serviço seja concluído até o fim dessa semana.
O Jornal A Voz do Xingu entrou em contato com o Secretário de Obras de Medicilândia, Luís Frank. Ele informou que a Prefeitura fez uma parceria com o DNIT e hoje as máquinas já começaram a fazer o serviço de empiçarramento de todo travessão. Ele informou ainda que só será permitido no desvio o tráfego de veículos pequenos e caminhões carregados com até 12 toneladas. Os caminhões que estão transportando produtos acima desse peso devem aguardar a liberação da rodovia transamazônica para seguir viagem.
(Por: Valéria Furlan e Wilson Soares, Jornal A Voz do Xingu)