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Falta de higiene íntima é umas das principais causas do câncer de pênis

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A campanha Novembro Azul é destinada à prevenção do câncer de próstata, além disso é um mês de conscientização sobre os cuidados integrais com a saúde do homem. Com isso o Hospital Ophir Loyola faz um alerta sobre o câncer de pênis, doença prevenível e mais frequente na população de baixo nível socioeconômico.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é um tipo de doença que representa cerca de 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem. É raro, tem maior incidência em homens a partir dos 50 anos, podendo também atingir os mais jovens.
Uma das principais causas do câncer de pênis é a falta de higiene íntima e a não circuncisão (remoção do prepúcio, pele que reveste a glande) são alguns fatores relacionados a doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Papilomavírus Humano (HPV) também está associado.

A detecção precoce é fundamental, quando descoberto em fase inicial, possibilita maior chance de tratamento sem grandes impactos e, até mesmo, a cura. O coordenador do programa de residência médica em Urologia do HOL, João Frederico Andrade, afirma que a prevenção deste tipo de câncer é simples.

“Deve-se lavar o pênis com água e sabão, puxando a pele que envolve a glande, principalmente após a masturbação e relações sexuais para que não acumule o esmegma, que é uma combinação de células epiteliais esfoliadas e gordura, acumuladas sob o prepúcio em indivíduos do sexo masculino. O uso do preservativo é imprescindível durante o ato sexual”, esclarece Frederico.
Ainda, segundo o urologista, a neoplasia maligna de pênis “é um marcador de baixo índice de educação, portanto é necessário estabelecer estratégias de prevenção e conscientização sobre a saúde do homem desde a infância”.

Os principais sinais e sintomas são perceptíveis. O homem deve ficar atento ao surgimento de feridas e caroços que iniciam como uma bolha secretora de sangue ou líquido com mau cheiro, mudança na cor da pele do pênis ou prepúcio também são observadas. A princípio, as lesões são indolores ou pouco dolorosas, a doença pode se espalhar e atingir outros órgãos com o passar do tempo.
O diagnóstico é feito a partir da verificação de uma lesão verrugosa, geralmente localizada na glande. É retirado um fragmento de tecido do local para a biópsia com o intuito de confirmar ou não o câncer. “Em estágio inicial, tem alto índice de cura, mas a realidade é que mais da metade dos pacientes demoram a procurar o médico”, destaca Frederico Andrade.

Atualmente, o Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Ophir Loyola assiste 34 pacientes com esta enfermidade. O tratamento depende da extensão do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais. A cirurgia é o tratamento mais realizado para o controle local da doença. De janeiro a outubro deste ano, foram realizadas 23 amputações de pênis. A radioterapia e a quimioterapia também são utilizadas associadas ou não.

“O homem não cuida da saúde como a mulher, o que neste caso pode trazer complicações como a amputação total do órgão genital. Além das sequelas físicas, traz consequências psicológicas e sexuais, já que quanto maior a extensão da lesão na haste peniana, menor a possibilidade de retorno à atividade sexual”, explica o especialista.

Fonte: Agência Pará

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