Um mês após a morte de Ednaldo Palheta, em Vitória do Xingu, familiares e amigos saíram às ruas nesta terça-feira, 11 de março, para cobrar justiça. O movimento, que teve início na Praça da Bíblia, seguiu com faixas e cartazes até a frente da Sede do Fórum, no centro da cidade, onde ocorreram discursos de reivindicação.

Foto: Vitor Danilo / A Voz do Xingu
Após o protesto no centro, os manifestantes seguiram para o km 40, na zona rural do município, onde foi realizada uma assembleia com a participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e uma equipe do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Foto: Vitor Danilo – A Voz do Xingu
No local, vivem atualmente cerca de 228 famílias, que ocuparam a área em 2023. Ednaldo Palheta, conhecido como “Naldo do Bucheiro”, atuou como líder da ocupação e representante da Associação dos Pequenos Agricultores. Além disso, ele também trabalhava como vendedor de churrasquinho em uma das praças públicas de Vitória do Xingu.
O crime
Edinaldo Palheta da Cunha, de 45 anos, foi assassinado a tiros na noite de 10 de fevereiro, quando voltava para sua casa, no Ramal Água Boa, a cerca de 3 km do centro da cidade. Na ocasião, ele estava acompanhado de seu filho de 9 anos, que presenciou a morte violenta do pai. A vítima foi atingida por cerca de quatro disparos e morreu no local.
Segundo informações, os assassinos estavam em uma motocicleta e, logo após cometerem o crime, fugiram sem deixar pistas.
O assassinato de ‘Naldo do Bucheiro’ gerou grande repercussão em todo o Estado, chegando, inclusive, a ser feito um pedido por uma deputada estadual para que o caso fosse investigado pelo Ministério Público Federal. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.
Uma das linhas de investigação da polícia aponta que o assassinato pode ter sido motivado por conflitos agrários na região.
Por Wilson Soares – A Voz do Xingu