Um dos espaços mais visitados e queridos da 42ª ExpoAlta Altamira é a Fazendinha. E não é à toa. O local virou um ponto de encontro para quem queria reviver tradições, conhecer de perto os animais e sentir o cheirinho bom do interior no ar.

Foto: Wilson Soares
É só entrar e já dá pra perceber: cada detalhe foi pensado para levar o público a uma verdadeira imersão na vida no campo.
Logo na entrada, o barulho das crianças dá o tom da alegria. Elas se encantam com os pôneis, as aves, os cabritinhos e até os peixes. Famílias inteiras param para tirar fotos, aprender sobre o manejo dos animais e descobrir curiosidades sobre o dia a dia rural.

Foto: Wilson Soares
Mas a Fazendinha vai além da exposição. Lá também tem aprendizado e muita história envolvente sendo contada.
Um dos pontos mais disputados é a fabricação artesanal de farinha de mandioca, em que a tradicional “farinha da baguda” é feita na hora, do jeito antigo, com fogo de chão e muita conversa boa em volta.
E o cheirinho da cana-de-açúcar também chama atenção. Quem passa por perto vê o processo completo de produção da rapadura e do melado, além da extração do açaí e do azeite da castanha-do-pará — tudo preparado com carinho por produtores que têm o campo como herança de vida.

Reginaldo Ribeiro trouxe um pedacinho do sabor goiano para o coração de Altamira. Foto: Ascom/PMA
Entre esses produtores está Reginaldo Ribeiro, de 48 anos, que trouxe um pedacinho do sabor goiano para o coração de Altamira. Ele conta, com orgulho, que a família sempre viveu da roça. “Sou descendente de quem sempre trabalhou no campo. Hoje a gente toca a pamonharia, que é uma tradição que vem de Goiás. Faz oito anos que a gente abriu, é recente, mas o amor pela pamonha é antigo demais”, disse.
Reginaldo e sua equipe montaram uma barraca que logo virou parada obrigatória para quem passa pela Fazendinha. O aroma do milho cozido e assado se espalha pelo ar e atrai curiosos e apaixonados pelo sabor caseiro.
“A gente trouxe pamonha, milho cozido e milho assado. Fazemos tudo aqui mesmo, fresquinho, para o pessoal provar. E olha, as vendas superaram as expectativas. Não estamos nem dando conta de atender tanta procura. Graças a Deus, está sendo um sucesso”, contou.
Outro espaço que chama a atenção é o orto medicinal, com dezenas de espécies de plantas usadas na medicina tradicional. Além disso, uma horta comunitária exibe o trabalho dos pequenos produtores locais, mostrando que é possível produzir com sustentabilidade e consciência ambiental.
A produtora Gilcinete Silva aprovou a iniciativa. Ela trabalha com adubo orgânico feito a partir de resíduos do cacau, do caroço do açaí e do coco e vê na Fazendinha uma vitrine importante para o seu negócio.
“Achei a ideia sensacional. A Fazendinha trouxe tudo que a ExpoAlta representa: alimentação, conhecimento e atrativos para todas as idades. Está bem movimentado e acredito que isso fortalece ainda mais a agricultura local”, avaliou.

Foto: Wilson Soares
O espaço é um retrato vivo do que a ExpoAlta tem de melhor: tradição, inovação e amor pela terra. A Fazendinha mostra que o campo continua sendo um lugar de aprendizado, sabor e esperança e que, em Altamira, essa conexão com as raízes está mais viva do que nunca.
A 42ª Feira de Exposição Agropecuária de Altamira (ExpoAlta) é uma realização do Sindicato dos Produtores Rurais de Altamira (Siralta), co-realizada pela Prefeitura de Altamira.
Fonte: Ascom/PMA






















