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Febre amarela: Pará registra 2 casos em 2022

Cobertura vacinal da doença vem caindo no Estado. Sespa orienta municípios a promoverem campanhas de imunização

Foto: Cláudio Pinheiro / O Liberal
Foto: Cláudio Pinheiro / O Liberal
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Em quase quatro meses de 2022, o Estado do Pará já registra dois casos de febre amarela, como informou nesta quinta-feira (28) a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), De acordo com o órgão, o Pará registrou 3 casos da doença em 2019; 1 caso em 2021 e 2 casos em 2022. Ou seja, já se tem o dobro de casos do ano passado, antes mesmo do fim do primeiro semestre. Um caso ocorreu em Cametá e o outro em Oeiras do Pará. Não houve casos registrados em 2018 e 2020. A Sespa destacou que, “no calendário vacinal, a vacina contra a febre amarela é direcionada para crianças menores de 1 ano e a cobertura vacinal, no Pará, teve uma taxa de 62,60% em 2019, 48,94% em 2020 e 45,31% em 2021”. A Secretaria orienta e estimula os municípios a realizarem campanhas de imunização, mas ressalta que a execução da vacinação é de responsabilidade dos municípios.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que no bairro do Jurunas foi notificado, no começo de dezembro de 2021, um caso, mas depois das análises laboratoriais, foi descartado. “Neste ano, houve uma suspeita no bairro da Pedreira, mas o resultado deu inconclusivo. A equipe está coletando nova amostra que será novamente submetida a análise”, repassou a Secretaria Municipal.

Cuidados

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a febre amarela configura-se como uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. A transmissão do vírus se dá por meio da picada dos mosquitos transmissores infectados, e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Essa enfermidade tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

A febre amarela silvestre (FA) é uma doença endêmica no Brasil (região amazônica). Na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados ocasionalmente, caracterizando a reemergência do vírus no País. O MS informa que o padrão temporal de ocorrência é sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre dezembro e maio, e com surtos que ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão (elevadas temperatura e pluviosidade; alta densidade de vetores e hospedeiros primários; presença de indivíduos suscetíveis; baixas coberturas vacinais; eventualmente, novas linhagens do vírus), podendo se dispersar para além dos limites da área endêmica e atingir estados das regiões centro.

Prevenção

A vacinação é a principal forma de prevenir a febre amarela. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta vacina contra febre amarela para a população. A vacina  deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez.

A doença tem como sintomas iniciais início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Ao se identificar alguns desses sintomas, deve-se buscar por um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem a áreas de risco nos 15 dias anteriores ao começo dos sintomas e se observou macacos mortos nos locais visitados, para se verificar se a morte dos animais foi provocada pela febre amarela. Deve-se informar se tomou a vacina contra a doença e a data.

Segundo o MS, em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver complicações, como: febre alta; icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos); hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal); eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer.

Fonte: O Liberal

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