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Força-tarefa identifica 50 pessoas responsáveis por queimadas no Pará

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O governador do Pará, Helder Barbalho, sobrevoou, durante a tarde de segunda-feira, 26, áreas dos municípios de Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, na região sul do Estado, para verificar as ações de combate ao desmatamento em território paraense. O governador estava acompanhado do secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, e do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.

O chefe do Executivo descreveu o perfil dos responsáveis pelas queimadas, após apuração da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). “Não é um trabalho amador. Pelo contrário, é algo muito bem planejado, muito bem organizado, contando com a lógica de que pode, de que há impunidade, terceirizando serviços, contratando pessoas. Cerca de 50 pessoas foram, inclusive, identificadas e chamadas para depoimento, além de ônibus, motos, motoserras, tratores, diversos acampamentos montados. Portanto, ações que efetivamente demonstram claramente a coordenação daqueles que sabem que estão agindo de forma ilegal, já que é uma área de proteção ambiental, e mesmo assim ousam desafiar as leis no Brasil”, afirmou.

Desde o último domingo, 25, um centro de operações foi instalado no Comando Militar do Norte para planejar, executar e monitorar as ações para conter e evitar novos focos de incêndio e desmatamentos ilegais.

“Particularmente, aqui no Triunfo do Xingu claramente está se desmatando para fazer pasto, e a partir daí a atividade pecuária, fazendo de maneira desordenada, queimando todas as espécies da flora local, inclusive árvores com a sua consolidação de vida e, acima de tudo, com a destruição da flora e da fauna desta região. Nós já identificamos aqueles que estão financiando esse processo de desmatamento na região. O previsto aqui era algo grandioso, próximo de 20 mil hectares, que estariam planejados e contratadas as tarefas e terceirização para queimada e abertura de pasto. Até o momento, nós já identificamos que com as apreensões que foram feitas conseguimos conter, mas o prejuízo fica. Fica um prejuízo de cerca de 3 mil hectares que foi possível devastarem”, informou o governador.

Estrutura – No sobrevoo, o governo do Estado também verificou as ações de fiscalização para evitar o desmatamento. O centro de combate às queimadas está instalado em Altamira, e é constituído por representantes das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Semas, Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Marinha e Aeronáutica.

Mais de 300 equipamentos, entre caminhões com capacidade para 122 mil litros de água, drones, radiocomunicadores e outros instrumentos, começam a ser empregados. Aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), e do Exército já sobrevoam as áreas consideradas mais vulneráveis para identificar focos de calor.

Segundo o agente de Fiscalização Ambiental da Semas, Marco Aurélio Xavier, a Secretaria fez um levantamento prévio, usando imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) e do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), e a partir daí se programou a missão para ser realizada em campo.

Marco Xavier disse ainda que a ação em São Félix do Xingu é composta por três órgãos: Semas, Comando de Policiamento Ambiental (CPA) e Ibama.

No primeiro dia da operação, foi constatada abertura de desmatamento de aproximadamente 5 mil hectares de terras. Nessa área foi constatada ainda a situação de queimadas. O agente informou que foram apreendidos três tratores de esteira, 19 motos, 12 motosserras e seis armas de fogo. “Além desse material, destruímos nove acampamentos. Já é uma grande ação em conjunto com um resultado grande no primeiro dia de combate na região de São Félix do Xingu”, acrescentou.

Queimadas – Aproximadamente, 90% dos pontos de incêndios e/ou desmatamentos existentes hoje no Pará se concentram em três municípios: Altamira (39%), Novo Progresso (29%) e São Félix do Xingu (20%), no eixo das rodovias BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-230 (Transamazônica), considerados os locais que precisam de mais atenção. Para Novo Progresso e São Félix do Xingu serão deslocados 80 brigadistas de incêndio, como reforço ao efetivo local.

Para ampliar o número de agentes envolvidos na operação, 600 brigadistas civis treinados pelo Corpo de Bombeiros Militar poderão ser convocados, por intermédio das Forças Armadas, além de 400, que estão aptos e já começaram a ser contatados para verificar a disponibilidade de atuação, de maneira distribuída, a fim de conter os 10 mil pontos de incêndio espalhados por áreas de florestas no Pará. Apesar da quantidade, os focos se caracterizam como pequenos e espalhados.

Fonte: Agência Pará

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