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Fraude do Enem em Marabá: entenda a ligação entre os suspeitos do caso

A Polícia Federal deflagrou três fases da 'Operação Passe Livre' para investigar o esquema de ilegalidade na realização do exame nacional

Candidatos realizarão as provas do Enem nos dias 05 e 12 de novembro. (ADAILTON DAMASCENO/FUTURA PRESS/AE)
Candidatos realizarão as provas do Enem nos dias 05 e 12 de novembro. (ADAILTON DAMASCENO/FUTURA PRESS/AE)
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Denúncias anônimas feitas à Polícia Federal deram início às investigações que culminaram na deflagração de três fases, até o momento, da “Operação Passe Livre“. O objetivo é investigar o esquema de suposta ilegalidade na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), prestado na cidade de Marabá, sudeste do Pará. Até o momento, quatro pessoas estão sendo investigadas no caso, sendo três da mesma família. Entenda qual a ligação dos primeiros suspeitos de fraudar a prova do Enem.

A primeira fase da operação foi realizada no dia 16 de fevereiro deste ano. Três pessoas foram alvos da ação. Conforme a Polícia Federal, os investigados foram um homem suspeito de ter sido aprovado duas vezes no Enem (ambas para o curso de medicina), onde ele teria feito a prova no lugar de duas pessoas em anos diferentes; e os outros dois foram os suspeitos de contratarem o primeiro investigado para realizar a prova. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos três suspeitos e telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos foram apreendidos. Não houve prisão.

Conforme as informações da PF, dois dos três investigados na primeira fase da operação têm parentesco. Quando os agentes deflagraram a segunda fase da operação, um dos investigados foi preso preventivamente, sendo colocado em liberdade provisória mais tarde, tendo em vista oferecimento e recebimento da denúncia pela Justiça Federal.

Já na terceira fase da operação, deflagrada na terça-feira (21/5), um quarto envolvido foi alvo da ação. Este novo suspeito é irmão de um dos investigados da fase um da operação, ou seja, três pessoas da mesma família são suspeitas de participação na possível fraude na prova do Enem. Não há informação sobre como o quarto suspeito, que não pertence à família, teria entrado no esquema.  

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos suspeitos no caso. Na apuração atual, a PF busca descobrir se o novo suspeito da fraude também foi um dos beneficiados pelo esquema, uma vez que o irmão pode ter feito o Enem 2022 no lugar dele.

Esquema

O investigado desta terça-feira foi aprovado no Enem 2022 e teve ingresso ilegítimo no curso de Engenharia na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), devido às investigações sobre a possibilidade da prova ter sido realizada pelo irmão. Já o irmão investigado desde a “Operação Passe Livre I” teria sido aprovado no Enem 2022 e conseguido ingressar irregularmente no curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa), num cenário onde quem fez a prova por ele foi outra pessoa, que também não teve o nome divulgado.

A PF informou que, se confirmada a hipótese criminal, os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros.

Inep

Já o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), informou, por meio de nota, que o todos os processos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são planejados e executados com estratégia de segurança. “O Inep conta com o apoio da Polícia Federal nas ações de investigação e combate a tentativa de fraudes”, diz a nota.

“A Autarquia trabalha no aprimoramento dos protocolos de acompanhamento e segurança da prova e apresentará novas informações em momento oportuno, de forma a não comprometer o sigilo de dados que são essenciais à aplicação segura do Enem deste ano”, acrescenta o Enem sobre o caso.

Uepa

Em nota divulgada também terça-feira (21), a Uepa informou que já tomou providências sobre o caso. “A Universidade do Estado Pará (Uepa), informa que André Rodrigues Ataíde solicitou o cancelamento da matrícula. Após decisões da Comissão de Sindicância Interna, Moisés Oliveira Assunção e Eliesio Bastos Ataíde continuam impedidos de dar continuidade à vida acadêmica na universidade. Esclarecemos que as decisões sobre o cancelamento definitivo das vagas dos estudantes depende da finalização dos processos judiciais movidos pelos envolvidos e que a Uepa segue alinhada no cumprimento da justiça”, diz a nota na íntegra.

Fonte: O Liberal.

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