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Garimpo ilegal causava poluição em rio e risco ao linhão de Belo Monte, diz PF em operação no Pará

Com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a corporação apreendeu e inutilizou duas escavadeiras, dois motores estacionários e dois mil litros de combustível.

O garimpo nas margens do rio é responsável pela poluição dos afluentes do rio que abastecem a cidade de Parauapebas e região. (Divulgação / Ascom PF)
O garimpo nas margens do rio é responsável pela poluição dos afluentes do rio que abastecem a cidade de Parauapebas e região. (Divulgação / Ascom PF)
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Um garimpo ilegal foi flagrado poluindo o rio Novo e provocando riscos à rede de transmissão Belo Monte, em Curionópolis, no sudeste do Pará. A Polícia Federal (PF) realizou a desmobilização da atividade garimpeira e divulgou os resultados nesta terça-feira (25).

Com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a corporação apreendeu duas escavadeiras, dois motores estacionários e dois mil litros de combustível. Pela impossibilidade de remoção, todos os itens foram inutilizados. O prejuízo total, segundo a PF, é de quase R$ 2,6 milhões.

Impactos

Garimpo em Curionópolis alvo da operação na segunda-feira (24). — Foto: Ascom PF-PA
Garimpo em Curionópolis alvo da operação na segunda-feira (24). — Foto: Ascom PF-PA

As linhas de transmissão da usina Belo Monte passam por quatro estados (PA, TO, GO e MG), abastecendo o Sistema Interligado Nacional (SIN), que distribui energia elétrica para todo Brasil.

“O avanço do garimpo em direção às torres de transmissão traz sério risco de desabastecimento ao país”, reiterou a PF.

“O garimpo nas margens do rio é responsável pela poluição dos afluentes do rio que abastecem a cidade de Parauapebas e região. Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso irregular de mercúrio. O rio Novo é o mais agredido nos últimos anos, levando poluição ao rio Parauapebas, que fica às margens da Floresta Nacional de Carajás”, explicou a polícia.

Se confirmada a hipótese criminal, os responsáveis poderão responder por crimes ambientais, crime de usurpação de recursos da União (extração ilegal de minério), associação criminosa, dentre outros. As investigações seguem em andamento, conforme a corporação.

Histórico

Agentes da PF durante a operação desta segunda-feira (24), no Pará. — Foto: Ascom PF-PA
Agentes da PF durante a operação desta segunda-feira (24), no Pará. — Foto: Ascom PF-PA

O combate aos garimpos ilegais na região é tema constante de intervenção policiais. De acordo com a PF, as ações atuais são desdobramentos de outras recentes.

Em novembro de 2022 foi deflagrada a operação “Curto-circuito”, por conta da ameaça ao outro linhão de 800kva de Belo Monte.

Em fevereiro houve operação em pontos próximos a outro linhão, o Xingu-Rio. Nessa operação, foi feito bloqueio de bens avaliados em R$ 361 milhões.

O local flagrado na segunda-feira (24) fica próximo a pontos que foram alvo da operação Rio Novo, deflagrada em junho deste ano. Na ocasião, Polícia Federal, Ibama e ICMBio cumpriram 21 mandados de busca e apreensão em quatro operações simultâneas na região.

Fonte: G1 Pará

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