Mesmo com o fim da greve dos caminhoneiros e a perspectiva que se gerou acerca da queda do preço do combustível, a gasolina continua cara no Estado. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA), o preço cobrado atualmente nos postos de combustíveis ainda reflete os efeitos da greve, quando o combustível passou a ser vendido com aumento devido à escassez.
Segundo o estudo, a gasolina custava R$ 4,486 no período de 20 a 26 de maio, ou seja no início da greve. Na semana seguinte, o preço já havia subido para R$ 4,558. Neste período, o menor valor encontrado nos postos pesquisados pelo Dieese foi de R$ 4,259 e o maior de R$ 5,080. O aumento é de 6,25%, percentual que se mantem mesmo com o anúncio de queda no preço do combustível prometido ontem pelo Governo Federal.
Nos postos de Belém, em bairros como Marco e Pedreira, a gasolina está saindo cara ao consumidor. A média de preços do litro é de R$ 4,499. Dos quatro estabelecimentos visitados pela reportagem, somente um baixou o preço da gasolina, de R$ 4,19 para R$ 4,15.
NA MESMA
Apesar da alta, os proprietários garantem que é o mesmo valor cobrado antes do movimento dos caminhoneiros, porém admitem que o custo sai alto aos motoristas. “Seria bom baixar mais um pouco, os clientes abastecem, mas reclamam muito”, conta o gerente Antonio Carlos.
Para quem sobrevive do volante, abastecer o carro se tornou um tormento. O taxista Reginaldo Costa gasta, em média, R$ 100 por dia com gasolina, despesa que ele só consegue manter fazendo hora extra no serviço. “Tem de trabalhar dobrado pra manter tanta carestia”, reclama.
Já o diesel teve uma leve queda. Na capital, os postos já vendem o produto mais barato desde a última segunda-feira (4), conforme determinou o Governo Federal. No entanto, a diferença no preço varia entre R$ 0,20 e R$ 0,46. Em geral, o diesel caiu de R$ 3,999 para R$ 3,539. “Se o Governo manda, a gente tem de cumprir e, quanto mais baixo, melhor para todo mundo”, lembra Antonio Carlos.