Nos próximos dias, o governador Helder Barbalho deve assinar decreto para incentivar a vacinação contra a covid-19, que prevê, dentre outras deliberações, a apresentação do “passaporte sanitário” para o acesso a estabelecimentos públicos e privados. O objetivo é prevenir que o sistema de saúde volte a ser pressionado em decorrência do aumento de casos da doença, envolvendo principalmente pessoas não vacinadas. A decisão foi definida após a reunião entre Helder, representantes do Comitê Técnico Científico e segmentos da economia, na tentativa de impulsionar a vacinação no Pará. A reunião ocorreu na sede do poder Executivo estadual e foi encerrada já no início da noite.
O governador utilizou as redes sociais para chamar a atenção à necessidade das pessoas se vacinarem. Disse que o Pará foi o Estado que mais adquiriu vacinas junto ao Ministério da Saúde a oferta vacinal”. Ele fez um apelo. “Por favor, tenham a consciência, se vacinem. Regiões de Carajás, Xingu e Baixo Amazonas, segundo o Governo do Estado, têm apresentado um aumento de novos casos de covid-19. De acordo com o governador, “a pressão sobre o sistema de saúde” estaria sendo feita justamente dos casos de pessoas que contraíram a doença e abriram mão da vacina. Um mutirão, assim Helder falou do esforço e da articulação que está sendo feita com a sociedade civil organizada, prefeituras e demais setores, dentre eles o econômico.
“Foi definido que vão ser criadas restrições para quem não se vacinou e feitas liberações para atividades que ainda estão restritas. Estamos estudando a possibilidade de liberar para 100% a ocupação de alguns espaços. Mas em compensação, o Estado vai intensificar a fiscalização e tornar proibida a entrada neles de pessoas que não se vacinaram”, reiterou Ricardo Sefer, procurador-geral do Pará.
Freio
Na reunião, estiveram presentes os representantes da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup. Para o diretor jurídico do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Pará (SHRBS-PA), Fernando Soares, “a discussão é ampla, pois se trata de interesse coletivo e individual”. Contudo, diz ser favorável a medida a ser disciplinada pelo decreto. “É o que temos para hoje, sou a favor desde que esteja (o decreto) estabelecido por parâmetros técnicos, não vejo problema”.
José Carlos Barros, 54, é dono de restaurante em Salinópolis e viu com bons olhos definição da anunciada pelo governo estadual. “Concordo plenamente. Aqui no meu restaurante é regra número um, entendo que o município e as entidades ligadas ao turismo deve ser regra”, avaliou o empresário que possui dez funcionários, mas que aumenta 25 na alta temporada.
“É uma medida que nós apoiamos por diversos motivos, os principais são garantia da saúde de todos envolvidos, tanto como trabalhador tanto como público, e também é uma medida que incentiva as pessoas a se vacinarem para poder participar de determinados eventos”, opinou Gerson Dias, 31, produtor cultural.
Fonte: O Liberal