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Homem que estuprou e matou adolescente em Pacajá é condenado a mais de 37 anos de reclusão

A jovem Gabriela Lopes foi estuprada e morta por Irailton Pereira, vizinho da vítima, em novembro do ano passado

Foto: Jailson Pereira
Foto: Jailson Pereira
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Irailton Pereira da Silva, assassino confesso da jovem Gabriela Lopes, estuprada e morta no dia do seu aniversário de 17 anos, em novembro do ano passado, em Pacajá, no sudoeste paraense, foi condenado a mais de 37 anos de prisão nesta quinta-feira (26 setembro), após mais de seis horas de julgamento. A sentença foi proferida no mesmo dia do julgamento, após mais de seis horas de deliberações.

Durante a leitura da sentença, Irailton acompanhou o julgamento através de vídeoconferência, frequentemente baixando a cabeça e pedindo desculpas à família da vítima. O júri analisou inicialmente o crime de homicídio antes de abordar o estupro.

O juiz detalhou como o acusado executou o crime, afirmando que ele aproveitou o fato de Gabriela estar sozinha em casa e que já havia monitorado a rotina da estudante. “Não há dúvida de que esse crime abalou a sociedade e a família que vai ter que conviver com esse luto”, declarou o juiz.

O julgamento ocorreu no fórum de Pacajá e foi acompanhado pelo advogado da família, Rodney Itamar. Ele ressaltou a importância do caso, afirmando: “A defesa buscava a desclassificação de estupro seguido de morte e com o Ministério Público conseguimos essa pena. O caso Gabriela Lopes foi emblemático em Pacajá e hoje a justiça se fez”, disse.

O Crime

Gabriela Lopes, morta ao completar 17 anos, em Pacajá (Foto: Reprodução Redes Sociais)

Vítima – Gabriela Lopes

Irailton está preso desde 10 de novembro de 2023 e participou do julgamento por videoconferência a pedido de sua defesa. Na noite do crime, a irmã de Gabriela havia ido dormir na casa do namorado, e seu pai, estava na área rural, onde trabalhava. Segundo relatos, Irailton residia a menos de 100 metros da casa da vítima. O corpo de Gabriela foi encontrado no dia seguinte por sua irmã, apresentando marcas de estrangulamento e hematomas, evidenciando uma luta contra o agressor.

Irailton, que trabalhava como vendedor de picolé e frequentava a mesma igreja que Gabriela e sua família, procurou a polícia e confessou o crime. Ana Paula Scarparo, uma vizinha da vítima, lamentou a perda.

“No dia do acontecido, ela tinha vindo buscar umas coisas dela antes de ir para a escola e estava esperando ansiosa pelo aniversário. Gabriela tinha o sonho de ser independente e ela não teve a oportunidade de levar esse sonho adiante”, disse.

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