Policiais civis de Novo Progresso e Itaituba deram cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça do Estado de Santa Catarina em desfavor de Cleviton de Lima de Carvalho, acusado do crime de feminicídio contra sua companheira Angélica Sabrina Seibert, morta no início deste ano.
Após investigações, a Polícia Civil catarinense conseguiu que a Justiça decretasse a prisão, porém, o autor do crime permaneceu na condição de foragido, quando na última quinta-feira (29) foi solicitado apoio da Polícia Civil do Pará, por intermédio da Delegacia de Novo Progresso, para averiguar a possibilidade do foragido da justiça estar se escondendo na casa de parentes na comunidade de Alvorada da Amazônia, distrito de Novo Progresso que fica a aproximadamente 33 km da sede do município.
Com uma operação sob o comando do delegado Vicente Gomes, Superintendente Regional do Tapajós, foi confirmado por volta de 15h30 que o foragido estava no local, localizado em um restaurante de Alvorada da Amazônia, sendo que Cleviton estava usando o pseudônimo “Marcos” quando foi reconhecido pela equipe e recebeu voz de prisão.
Participaram da diligência, além do delegado Vicente, investigadores da 19ª Seccional de Itaituba da seccional de Novo Progresso.
O caso
A Delegacia de Polícia da Fronteira de Dionísio Cerqueira (SC), informa que Angélica Sabrina Seibert foi morta em 17 de março de 2019. As investigações se iniciaram logo após ter sido noticiado o desaparecimento da mulher e de Cleiviton, seu marido, no dia 19 de março de 2019. Ao empreender diligências e colher informações iniciais, levantou-se a suspeita de o fato se tratava de um crime de feminicídio, o que foi confirmado apenas em abril, quando o corpo da vítima foi achado no município de Barra Bonita, também no Estado do Sul do Brasil.
Foi apurado que Cleviton matou Angélica Sabrina e fugiu para a cidade de São Paulo, abandonando seu veículo em um posto de combustíveis na cidade de Marmeleiro, no Paraná, dando continuidade a sua fuga por meio de caronas.
Com o apoio da Delegacia de Antissequestro de São Paulo, foi possível recuperar o aparelho celular do investigado encontrado com uma testemunha residente na capital do Estado do Sudeste, bem como identificar testemunhas que contaram que ele esteve naquelas cidades com o intuito de permanecer escondido da polícia catarinense.
Com todas essas provas, a policia representou a prisão temporária do investigado, que fez com que Cleviton passasse à condição de foragido da justiça. Desta forma, a Polícia Civil, no dia 14 de junho, concluiu as investigações e indiciou o homem por feminicídio, pedindo a conversão da prisão temporária em prisão preventiva.
Fonte: Caio Oliveira, Portal Giro