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Hospital de Castelo de Sonhos ajuda paciente a reencontrar a família depois de 29 anos

Momento foi articulado pela assistente social da unidade que se comoveu com a história de vida do cearense, Francisco Barbosa, de 57 anos

Foto: Divulgação/Agência Pará
Foto: Divulgação/Agência Pará
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Nada é por acaso. Um diagnóstico de broncopneumonia não especificada levou o cearense, Francisco Barbosa, 57 anos, a cruzar o caminho da assistente social, Naires Lima Ferreira, e assim ver o rumo da vida dele tomar outra direção.

Colaboradora do Hospital Público Geral Castelo de Sonhos João Trevisan Sobrinho, localizado na região de Altamira, área de integração do Xingu, a assistente Naires Limas tinha mais um dia comum de trabalho na unidade de saúde. Visitar os pacientes, conhecer suas histórias, humanizar a internação. Mas, a conversa com Francisco foi diferente.

Durante o bate papo, descobriu que o paciente, natural de Santana do Cariri, no Ceará, não via a família há 29 anos. Jovem, o homem saiu de casa em busca de melhor vida e acabou perdendo contato. “Ele disse várias vezes que tinha muita vontade de reencontrar os irmãos e isso ficou na minha cabeça. Me comovi com a história dele e me ofereci para ajudá-lo nessa busca e ele aceitou”, conta.

Assim que saiu do leito, Naires foi para a internet procurar pelos nomes dados pelo paciente. Acabou chegando ao telefone da equipe de assistentes sociais da cidade natal de Francisco e em questão de uma hora já tinha os telefones dos parentes.

“Entrei em contato com eles e explicamos a situação. Naquele momento, tínhamos promovido um reencontro de quase 30 anos de desaparecimento. Foi prazeroso, gratificante demais. Essa é a nossa missão: fazer o paciente confiar na gente”, diz, emocionada.

Foto: Divulgação/Agência Pará

Uma ligação de telefone e uma videochamada. De um lado, o irmão perdido. Do outro, a família que não parava de procurar. Silvana Barbosa é uma das cinco irmãs que o paciente tem. Ficou incrédula quando recebeu a informação. “Queríamos tanto ter notícias dele e não sabíamos nem por onde começar a procurar. O hospital teve uma atitude linda, mais pessoas deveriam se empenhar assim, a vida seria bem melhor”, desabafa.

Caçula de sete irmãos, Francisco já teve alta e em breve deve ter esse reencontro de forma presencial. Mara Barbosa, outra irmã, pode vê-lo por meio de vídeo e agora conta as horas para esse abraço real. “Nessa vida, acredito que existam anjos e vocês foram na vida dele”, acredita.

Ainda tentando assimilar tudo o que viveu nos últimos dias entre se curar do problema de saúde e reencontrar a família de novo, Francisco é só gratidão. “Eu contei pra ela sem acreditar muito que fosse dar certo e acabou dando. Estou muito feliz”, diz.

Para o diretor-técnico do Hospital de Castelo de Sonhos, Douglas Rosa do Nascimento, a unidade cumpriu seu papel duplamente: “salvamos uma vida e a devolvemos para o seio da família, mesmo depois de 29 anos”.

Texto da Ascom Hospital de Castelo de Sonhos

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