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Ideflor-bio realiza soltura de 35 mil tartarugas por dia no Tabuleiro do Embaubal

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Cerca de 35 mil filhotes de Tartarugas da Amazônia foram soltos no Rio Xingu. O trabalho foi realizado pela Gerência da Região Administrativa do Xingu, do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio), que esteve, na última sexta-feira (11), no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Tabuleiro do Embaubal, para realizar o manejo dos animais.

O Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, localizada no município de Senador José Porfírio, a aproximadamente 906 km da cidade de Belém, e possui uma área de cerca 4 mil hectares, composta por 20 praias, onde ocorre a desova de três espécies de quelônios: Pitiú (Podocnemis sextuberculata), Tracajá (Podocnemis unifilis) e Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa), que é a mais abrangente.

Segundo Dilson Lopes, gerente da Região Administrativa do Xingu, onde está situado o Tabuleiro do Embaubal, no mês de julho, desde 2019, a equipe técnica do Ideflor-bio monitora e fiscaliza o deslocamento das fêmeas a partir do município de Porto de Moz, assegurando o máximo possível de desovas nas praias do Tabuleiro, gerando o aumento da produtividade e a perpetuação das espécies.

“Como resultado, nós praticamente dobramos a produção, pois saímos de 360 mil nascimentos para 580 mil, e este ano queremos ultrapassar a barreira de 600 mil espécimes. Para isso, reforçamos o monitoramento em Porto de Moz, que é um grande ponto de pressão”, afirmou Lopes.

Ainda de acordo com o gerente, a soltura é realizada diariamente por uma empresa contratada da Norte Energia, para complementar as atividades de monitoramento realizadas pelo Ideflor-bio, comunitários, pesquisadores e visitantes autorizados.

“Eles têm acompanhado diariamente o que chamamos de ‘avaliação de estoque’ dentro do Tabuleiro, verificando a rotinas de comportamento, acompanhando os nascimentos, fazendo a contagem e soltura em local seguro, com o objetivo de diminuir a predação natural”, ponderou Dilson.

A diretora de Gestão e Unidades de Conservação, Socorro Almeida, conta que o Instituto é o responsável pelo monitoramento durante esse período reprodutivo, então, no segundo semestre, foram iniciadas as sessões de fiscalização.

“Assim, acompanhamos o deslocamento desses quelônios de vários lugares, desde parte do rio Amazonas, como o município de Afuá, na ilha do Marajó, e também de outros estados, como o Amapá, e até mesmo do Suriname. A soltura dos quelônios é feita em áreas de maior chance de sobrevivência à ação dos predadores naturais, bastando espalhar os filhotes na praia que, rapidamente, se encontram com o rio Xingu”, descreveu Socorro. “O Tabuleiro do Embaubal é uma das 26 Unidades de Conservação Estaduais, e tem uma alta significância para a manutenção da biodiversidade no Estado”.

A presidente do Ideflor-bio, Karla Bengtson, afirma que o trabalho do Instituto passa pela fiscalização, pelo acompanhamento das matrizes, ação de monitoramento, conscientização dos comunitários e a proteção da praia para a postura de ovos. Após esse processo, iniciam-se as eclosões, onde é realizada a avaliação de estoque. “A nossa missão enquanto Ideflor-bio é fazer com que, a cada ano, a produtividade dentro do Tabuleiro cresça e se desenvolva”, diz.

Fonte: Agência Pará

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