Quando se fala em infarto agudo do miocárdio, o grande senso comum é que apenas os mais velhos podem ser acometidos pelo mal. Entretanto, com cada vez mais jovens expostos aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, os casos do ataque cardíaco na faixa etária mais jovem, dos 20 aos 39 anos, vem aumentando, e ano passado chegaram ao percentual de 13% a mais em relação a 2017, segundo dados do DataSUS, do Ministério da Saúde (MS).
Na última sexta-feira, 29, o jornalista Guilherme Mendes, de 33 anos, sofreu um infarto e foi submetido a um cateterismo e aplicação de stents, que servem para aumentar o calibre de artérias cardíacas. Ele está internado em um hospital particular no bairro de Batista Campos e o quadro dele é estável.
Os dados do DataSUS/MS apontam que apesar de o percentual de jovens que sofrem do quadro ser relativamente pequeno dentro do quadro geral, esse aumento ano a ano revela hábitos não-saudáveis e que colocam em risco a vida deste pessoas desta faixa etária.
Entre os principais fatores de risco para o infarto nessa faixa etária estão estresse, obesidade, diabetes, tabagismo, hipertensão e colesterol fora de controle, além do histórico familiar da pessoa, e que estão cada vez mais presentes na vida de quem tem menos de 40 anos.
Além desses fatores, também contribuem para um risco elevado de ter um infarto a insuficiência renal crônica, o uso de drogas como cocaína, crack e anabolizantes, e até mesmo doenças trombofílicas e autoimunes, como o lúpus.
Diferenças – Segundo as orientações de alertas do MS, os sintomas de um ataque cardíaco nos jovens são diferentes dos que acometem os mais velhos, com sintomas mais intensos, como dor no peito irradiando para os braços, sudorese fria, mal estar, náuseas e vômitos.
Já na pessoa idosa nem sempre esses sintomas são tão explícitos, podendo se manifestar por meio de falta de ar, desconforto torácico leve e necessita um grau de suspeição maior pelo médico cardiologista.
Rapidez – O mais importante no infarto é o tempo entre o início dos sintomas e a desobstrução da artéria, já que quanto maior for o tempo entre início e tratamento, maiores são as chances de sequelas. A principal delas é a morte das células do miocárdio, o músculo cardíaco, que pode acarretar insuficiência cardíaca. Arritmias e anginas também são muito comuns após um infarto.
Fonte: Portal Roma News