Dados do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira (9) mostram que o acumulado de alertas de desmatamento em agosto de 2022 na Amazônia foi de 1.661 km², o segundo pior resultado para o mês de agosto da série histórica do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), atrás apenas de 2019, quando a área foi de 1.714 km². As informações são do G1 Nacional.
Neste ano, já havia sido registrada a maior taxa de alerta para um primeiro semestre em sete anos de medição na Amazônia Legal, região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área do Pará e outros oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
Quando comparada toda a série de 2021-2022, o acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amazônia foi de 8.590 km², o que representa uma queda de 2% em relação a temporada de 2020-2021.
Com 33.116 focos de queimadas no último mês, a Amazônia também teve o pior agosto de queimadas dos últimos 12 anos. Como dezembro, janeiro, fevereiro e março são meses chuvosos na maioria dos estados que englobam o bioma, as taxas de desmatamento são tipicamente menores durante esses meses.
Os alertas de desmatamento foram feitos pelo Deter, do Inpe, que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).
O Deter não é o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo. A medição oficial do desmatamento, feita pelo sistema Prodes, costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter.
Fonte: O Liberal