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Inquérito que investiga massacre em presídio de Altamira, no Pará, será finalizado em 10 dias, afirma Segup

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A Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) informou que vai concluir o inquérito que investiga a morte de 58 detentos no presídio de Altamira, sudoeste do estado, em até dez dias. De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (4), 86 pessoas estariam envolvidas no massacre. Entre os suspeitos, estão dois agentes penitenciários, presos na última terça-feira (3), em Belém.

Segundo a Polícia Civil, os agentes penitenciários são suspeitos de facilitar a ação dos detentos envolvidos na rebelião, ignorando protocolos de segurança. De acordo com as investigações, ambos teriam negociado com os presos responsáveis pelas mortes. Ambos foram presos pela manhã na Operação Eclusa. Em seguida, os suspeitos foram transferidos para o Centro de Reclusão Coronel Anastácio das Neves, em Santa Izabel do Pará, região metropolitana.

Em depoimento, os suspeitos admitiram que cometeram erros de procedimento e que não seguiram o protocolo determinado pela Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe). Porém, de acordo com eles, as ações não foram realizadas de forma intencional.

As mortes em Altamira fazem parte do segundo maior massacre em presídios registrado na história do Brasil. Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio causou a morte de 58 detentos no dia 29 de julho. Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram a cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados.

No dia seguinte, um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio. Na quarta-feira (31), mais quatro presos foram estrangulados durante a transferência em um caminhão-cela, totalizando 62 as vítimas do massacre.

Fonte: G1 Pará

Foto: Wilson Soares – A Voz do Xingu

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