O Instituto Butantan deve começar nesta segunda-feira, 7, a realizar o envasamento dos insumos da Coronavac para a produção de 1 milhão de doses da vacina. Esse é o processo de distribuição da matéria-prima nos frascos, e deve durar de quatro a sete dias.
Em seguida, será feita a rotulagem das ampolas, que ficarão armazenadas até a aprovação e liberação para uso na população. Produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, a Coronavac está na fase final de testes e aguarda o registro e a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na semana passada, o governo paulista recebeu lote com 600 litros da matéria-prima da vacina. O insumo é o “ingrediente” necessários para a finalização da vacina no país. Caberá ao Butantan concluir a etapa final de fabricação.
Imunização estadual
Em outubro, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar em uma reunião virtual com mais de 23 governadores, a compra do imunizante, mas, menos de 24 horas depois, a aquisição foi desautorizada pelo presidente Jair Bolsonaro.
No dia 1° de dezembro, o governo federal divulgou a estratégia “preliminar” para a vacinação dos brasileiros. No calendário apresentado, a CoronaVac não é citada pelo Ministério da Saúde.
Por conta dos embates políticos, o governo de São Paulo já vinha anunciando planos alternativos para vacinar a população do estado, caso a vacina não seja incorporada ao Programa Nacional de Imunização.
Na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final dos testes deve ser enviado à Anvisa ainda em dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.
O governo de São Paulo espera que a vacinação no estado comece em janeiro de 2021. O plano estadual de vacinação da CoronaVac será anunciado no início da tarde desta segunda, 7.
Resposta imune e segurança
Um estudo feito com 743 pacientes apontou que a CoronaVac mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 de testes.
A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares. É na fase 3, a atual, que é medida a eficácia da vacina.
Fonte: G1