Menu

Justiça Federal realiza audiência de instrução sobre a morte do indígena Adenilson Krixi, em Itaituba

Continua após a publicidade

Na tarde desta terça-feira (11), por volta das 14h, Vara Federal de Itaituba, sob a presidência da juíza Sandra Maria Corrêa da Silva, a Justiça Federal iniciou a primeira audiência de instrução referente ao caso da ação de combate à exploração ilegal de minério em terras indígenas, realizada pela Polícia Federal no ano de 2012, que resultou na morte de um indígena, identificado como Adenilson Krixi Mundurukú, na aldeia Teles Pires, divisa do Pará com o Matogrosso.

Em decorrência do caso, foi gerado um processo judicial que tramita na Vara da Justiça Federal de Itaituba, há pouco mais de sete anos, e nesta primeira audiência de instrução, que durará quatro dias, será realizada a tomada de informações de indígenas, incluídos no processo como testemunhas.

Desse modo, onze testemunhas, todas indígenas, serão ouvidas na audiência. Quanto aos policiais federais envolvidos no caso, eles serão ouvidos em Brasília em audiência com data a ser marcada, esta que será acompanhada em Itaituba através de vídeo-conferência.

Enquanto ocorria a audiência, a movimentação nos arredores da Vara Federal foi intensa, por isso, a Coordenadoria de Trânsito (COMTRI) e o Departamento de Trânsito (DETRAN), de Itaituba, foram acionados para manter as avenidas Haroldo Veloso e Paes de Carvalho interditadas. Também foram mobilizados homens do policiamento ostensivo e do Grupo Tático Operacional da Polícia Militar, além da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal e solicitado apoio ao Comando de Operações Táticas de Brasília.

Sobre o caso

Conforme informado, a abordagem policial realizada na aldeia provocou grande movimentação entre os indígenas. Desse modo, houve reação por parte dos guerreiros Mundurukú, que tentavam rechaçar a operação, devido à queima de maquinários e balsas de exploração de ouro.

Em consequência disso, reação da Polícia Federal foi imediata. O indígena  Adenilson foi atingido por, pelo menos, quatro disparos de arma de fogo e não resistiu. Fato que provocou grande revolta entre as lideranças indígenas e várias manifestações de protesto foram realizadas, reunindo milhares de membros da etnia.

Fonte: Portal Mauro Torres

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido.