Comerciantes, empresários, produtores e lideranças rurais de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, se reuniram nesta última sexta-feira (24) para criticar a condução da operação “Curupira”, que combate crimes ambientais na região.
Cerca de 800 pessoas estiveram presentes na reunião, que contou também com a participação de políticos da esfera estadual e federal do Pará.
Uma das críticas levantadas pelo público diz respeito às consequências econômicas para os pequenos produtores. Na ocasião foram colhidas assinaturas que vão ser enviadas para as autoridades.
Em resposta, o prefeito da cidade, João Cleber Torres, diz que é a favor da operação curupira para conscientizar os produtores e garimpeiros.
“Nós temos que trazer a legalidade para a nossa região. Essa operação só vai preocupar muito aqueles que querem trabalhar ilegal, porque os queres trabalhar legalmente vai ser muito últil”, afirma.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) afirmou que as ações da operação “são feitas a partir de mapeamentos realizados por fiscais e técnicos de órgãos ambientais e equipes de inteligências dos órgãos de segurança, não tendo alvo específico”.
A Segup informou ainda “que todas as ações estão sendo cumpridas dentro da legislação ambiental”.
Operação “Curupira”
A Unidade de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu é o primeiro alvo da operação. Ela está situada em São Félix do Xingu, município do sudeste do estado com o maior rebanho bovino do país (2,5 milhões de cabeças).
Assediada por garimpos ilegais, a área de conservação estadual é a mais pressionada pelo desmatamento da Amazônia, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No local, está instalada base fixa de fiscalização para a presença permanente de agentes do Estado.
De acordo com balanço parcial divulgado na quinta-feira (23), até o momento, três áreas de garimpo ilegal já foram embargadas dentro da APA Triunfo do Xingu. A operação deve seguir por tempo indeterminado, segundo o governo.
Fonte: G1 Pará
