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Médicos do Hospital da Transamazônica entram no segundo dia de paralisação

Profissionais cobram salários e pacientes estão sem atendimento ambulatorial. Cirurgias eletivas já também foram suspensas.

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Médicos que atuam no Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira, no sudoeste do Pará, entraram no segundo dia de paralisação nesta quarta-feira (30). Eles cobram pagamento de salários. De acordo com a classe médica, a paralisação é parcial, sendo mantidos atendimentos essenciais de urgência e emergência, de hemodiálise e UTI’s. Consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas foram suspensas.

Uma carta, assinada por 56 profissionais que atuam no hospital, foi encaminhada à Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), à Pró-Saúde, organização social responsável pela gestão do estabelecimento de saúde e ao Ministério Público.

No documento, a categoria relata que não recebeu o pagamento dos meses de outubro e novembro que deveria ter sido feito até o dia 20 deste mês. Os médicos dizem que não têm garantia de que serão pagos, já que a Pró-Saúde deixará a gestão do hospital em dezembro.

A Sespa informou que todos os pagamentos feitos para a Pró-Saúde estão em dia e que há um processo de chamamento público em andamento, pois o contrato com a organização social que administra a unidade já atingiu o prazo máximo previsto em lei, sendo necessário novo processo de contratação.

O Hospital Regional Público da Transamazônica é o único de média e alta complexidade que atende pacientes de nove municípios da região do Xingu.

O funcionário público e morador de Senador José Porfírio, Roberto Sousa, estava com consulta marcada com o urologista há dois meses, mas ao chegar no Hospital foi informado que não seria atendido.

“Estou perdendo um dia de serviço lá [na cidade onde mora] para vir para o atendimento. Chegar aqui e não dá certo é complicado”, comenta.

O marceneiro Paulo de Araújo acompanhava a esposa, que está doente. Eles percorreram cerca de 200km, de Uruará à Altamira, para a consulta. A esposa dele recebeu os resultados de exames, mas não foi recebida em consulta.

“Ela foi operada e desde então ela faz exames de rotina, que foi esse que peguei hoje aqui, mas o médico não vai ver esses exames por causa da paralisação”, completou Paulo.

Pacientes voltaram para casa sem data certa para remarcar a consulta.

Em nota, o Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT) informou que os atendimentos de emergência estão 100% mantidos aos pacientes.

Sobre a manifestação dos médicos prestadores de serviço, a unidade disse que o pagamento será efetivado nos próximos dias, tão logo ocorram os repasses do contrato de gestão, por meio da Sespa. A direção o HRPT ressaltou que os estoques estão abastecidos.

“O contrato de gestão da Pró-Saúde com o HRPT encerra no próximo dia seis de dezembro e todos os compromissos firmados pela entidade com prestadores de serviço e colaboradores serão honrados, em especial, os atendimentos prestados à população”, finalizou no posicionamento.

Fonte: G1 Pará

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