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Meses após desintrusão da terra indígena de Apyterewa, garimpos ilegais são flagrados no entorno da TI

Os garimpos exploravam ouro e cassiterita. Maquinário usado no garimpo foi destruído em operação da PF e do Ibama. No local, trabalhadores em condição análoga à de escravo foram encontrados.

Operação da PF e Ibama no interior do Pará — Foto: Ascom/PF
Operação da PF e Ibama no interior do Pará — Foto: Ascom/PF
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Seis garimpos ilegais foram fechados na operação Aurum Protectio, deflagrada pela Polícia Federal, com o apoio do IBAMA, nesta terça-feira (16), na região do Distrito da Taboca, município de São Félix do Xingu, sudoeste do Pará. Eles estavam localizados no entorno e no limite da terra indígena de Apyterewa, que recebeu grande operação de desintrusão de invasores no final do ano passado.

Os garimpos exploravam ouro e cassiterita ao mesmo tempo. Uma máquina escavadeira hidráulica foi apreendida e outras seis foram inutilizadas, junto com dois motores estacionários e uma caixa de coleta de minérios. A inutilização é prevista em lei, para quando há impossibilidade de remoção do equipamento, como forma de evitar que seja reutilizado no crime ambiental.

Trabalho análogo à escravidão

Os trabalhadores do garimpo viviam de maneira improvisada, em barracões de lona, sem portas ou paredes, com banheiros inadequados, água impropria para consumo e condições precárias. As provas colhidas no local serão usadas no inquérito para o indiciamento por redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo.

Ninguém foi preso, mas os responsáveis pelas atividades ilícitas e proprietários das áreas foram identificados e serão responsabilizadas também por crimes ambientais e usurpação de bens da União.

A operação faz parte de uma série de ações da Polícia Federal em Redenção, que visa cumprir a decisão do STF que determinou a desintrusão das terras indígenas Apyterewa e Kayapó, e coibir os delitos praticados em seu interior e entorno. Os crimes comprometem não apenas o meio ambiente, mas afetam diretamente os habitantes das comunidades indígenas.

Fonte: G1

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