Uma missa relembrou os 14 anos do assassinato da missionária Dorothy Stang na terça-feira (12) em Anapu, no sudoeste do Pará. A celebração contou com a presença do bispo Dom João Muniz, padres da prelazia do Xingu, dezenas de trabalhadores rurais e integrantes de várias organizações sociais.
Apesar de ser uma data considerada triste, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) acredita que lembrar é uma forma de manter a denúncia contra a perseguição sofrida pelos trabalhadores rurais e as organizações sociais que defendem o direito à vida, ao meio ambiente e à reforma agrária na região.
Morte de Dorothy
A missionária americana da ordem de Notre Dame Dorothy Mae Stang foi morta aos 73 anos em Anapu, sudoeste do Pará, em 12 de fevereiro de 2005. Ela trabalhava junto a comunidades de Anapu em projetos de desenvolvimento sustentável, o chamado PDS Esperança.
Segundo o Ministério Público, a morte da missionária foi encomendada pelos fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e Regivaldo Galvão, o Taradão. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, foi intermediário do crime. Rayfran das Neves Sales e o comparsa, Clodoaldo Carlos Batista, foram os executores de Dorothy.
O crime ganhou repercussão internacional, chamando a atenção de entidades ligadas aos direitos humanos e a reforma agrária na Amazônia. Na época, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, esteve na região e deslocou um aparato policial para as investigações.