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Moradores de entorno de lagoa afetada pela barragem de Belo Monte reclamam indenizações

Comunidade tem que deixar casas devido aos constantes alagamentos, que começaram após a instalação da usina hidrelétrica em Altamira.

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Em Altamira, no sudoeste do Pará, moradores de área afetada pela barragem da usina hidrelétrica de Belo Monte reclamam que ainda não foram indenizados corretamente pela concessionária Norte Energia.

Até 2018, quase mil famílias ainda viviam na área da lagoa do Jardim Independente I. À época, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) conseguiu reconhecê-las como impactadas pela construção da usina e determinou que a empresa as retirassem do local.

A princípio, mais de 600 famílias foram remanejadas e indenizadas. Agora, ocorre a retirada de outras 370.

A comunidade afirma que teve de deixar casas devido aos constantes alagamentos que começaram depois que a hidrelétrica foi construída, como é o caso da família do agricultor Ângelo Lucena, que desocupou a área em janeiro deste ano.

Por mais de dez anos, 8 pessoas viveram na casa da família, com seis cômodos. De acordo com Lucena, o valor que recebeu da indenização não foi suficiente para comprar um imóvel nos mesmos padrões.

Após anos de reivindicações, os moradores do entorno da lagoa também foram incluídos no processo de indenização. O motivo são os constantes alagamentos. Com elevação do nível da lagoa no inverno amazônico, várias famílias sofriam com as inundações. As moradias não tinha saneamento básico.

Um termo de compromisso foi assinado em outubro de 2022. A concessionária da usina ficou responsável por indenizar as famílias.

Em nota, a Norte Energia informou que vem cumprindo o termo de compromisso firmado entre a companhia e a prefeitura de Altamira, e que não é responsável pela demolição dos imóveis da lagoa.

Já o Município deverá revitalizar a lagoa que atualmente se encontra com problemas de poluição.

A prefeitura informou, em nota, que a demolição e limpeza dos escombros de construção civil já estão sendo feitas, mas ainda existem moradores que estão em processo de negociação para desocupar o local. A previsão é que o trabalho seja concluído em agosto de 2023.

Fonte: G1 Pará

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