O cantor e compositor Tonny Brasil, um dos nomes mais importantes do brega do Pará, morreu neste domingo (2 de junho), aos 57 anos. A causa da morte não foi divulgada até o momento. Em abril deste ano, Tonny sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e precisou ficar internado no Pronto-Socorro do Guamá.
Para Edilson Morenno, amigo de Tonny, o cantor foi “um dos culpados” pela grandeza do brega dentro da cultura paraense. “É o maior. Ele vai ficar marcado”, contou, ainda abalado ao saber do falecimento de Brasil.
Rolon Ho, professor e coreógrafo, disse que Tonny fará muita falta. “Perdemos um gênio da música paraense”, afirmou. “A música paraense sofre uma grande perda”, comentou também Valéria Paiva, a rainha das aparelhagens.
Wanderley Andrade disse que, mesmo com a parceria musical que teve com Tonny, sempre teve um respeito muito grande por ele. “O último trabalho que nós tivemos foi na gravação de um CD, no nosso estúdio e que ele compôs praticamente todas as canções dentro do meu carro. Eu nunca vou esquecer esse momento. Ali eu vi a humildade e simplicidade do Tonny com seus colegas compositores”, lembrou.
“Nas últimas três décadas eu não encontrei um compositor igual ao Tonny. Fica a saudade eterna dele. Tonny, que você possa inspirar outros artistas no Norte e em todo Brasil. Sou privilegiado de ter sido amigo dele”, acrescentou Wanderley.
Ídolo paraense.
Artista conhecido pelos amantes da música paraense, Tonny Brasil já compôs cerca de 2 mil músicas, das quais 700 foram gravadas por nomes como Banda Calypso, Wanderley Andrade e Gaby Amarantos.
Segundo conhecedores do brega, Tonny ouviu Zouk pela primeira vez em Cayena, capital da Guiana Francesa, e introduziu o ritmo em Belém, fundindo com o brega-calipso e com o brega melody. Alguns sucessos de Tonny são “A Primeira Vez“, “Oração” e “Isso é Amor”.
Em 2021, Tonny retomou a parceria com Luís Nascimento, com quem produziu uma safra de sucessos emblemáticos do brega paraense entre os anos de 1997 e 2002, com o lançamento do álbum audiovisual “Identidade”.
O projeto reuniu 13 faixas, entre elas, “Leviana”, clássico gravado por grandes nomes como Reginaldo Rossi, Leonardo, Pablo e Léo Magalhães, e que, pela primeira vez, foi gravada pelos autores, 24 anos após ter sido escrita.
As informações são de O Liberal.