Os municípios de Aveiro e Óbidos, oeste do Pará, Placas e Rurópolis, do sudoeste paraense, aparecem no ranking dos municípios com maior volume de queimadas. O levantamento foi realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O resultado do estudo foi apresentado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas/PA) nesta semana e aponta quatro municípios das regiões oeste e sudoeste do Pará que tiveram mais focos de incêndios florestais no período de 1 a 19 de julho de 2022. Os focos de calor são detectados por satélites monitorados pelo Inpe.
Veja abaixo os números focos de incêndios registrados:
Ranking
Municípios | Nº de focos | Porcentagem |
Rurópolis | 22 | 3,9% |
Óbidos | 16 | 2,8% |
Aveiro | 9 | 1,6% |
Placas | 9 | 1,6% |
O Inpe destaca outros dezesseis municípios do Pará que também registraram focos de incêndio. Confira abaixo:
Ranking
Municípios | Nº de focos | Porcentagem |
Itaituba | 46 | 8,1% |
Novo Progresso | 39 | 6,8% |
Altamira | 37 | 6,5% |
Dom Eliseu | 34 | 6,0% |
Paragominas | 29 | 5,1% |
São Félix do Xingu | 27 | 4,7% |
Santa Maria das Barreiras | 23 | 3,9% |
Goianésia do Pará | 19 | 3,3% |
Moju | 18 | 3,2% |
Conceição do Araguaia | 17 | 3,0% |
Tailândia | 16 | 2,8% |
Rondon do Pará | 15 | 2,6% |
Santana do Araguaia | 11 | 1,9% |
Jacareacanga | 10 | 1,8% |
Portel | 10 | 1,8% |
Cumaru do Norte | 7 | 1,2% |
Outros | 156 | 27,3% |
Os dados do Inpe apontam que a Amazônia é o bioma mais afetado pelas queimadas em 2022. As queimadas têm relação direta com o desmatamento.
Isso tudo faz parte da estratégia de “limpeza” do solo que foi desmatado para posteriormente ser usado na pecuária ou no plantio. Os ambientalistas chamam de “ciclo de desmatamento da Amazônia”.
Combate a crimes ambientais
Para combater crimes contra o meio ambiente e prevenção a conflitos agrários uma operção integrada foi deflagrada na terça (19) em Rurópolis. As ações foram realizadas pela Polícia Civil, Polícia Científica e Policiais Militares da 17ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar).
Durante a ação foram realizadas diligências ostensivas e levantamento de local com vestígios de danos ao meio ambiente com ocorrência de queimada e danos ao patrimônio de particulares, causado pela ação de invasores de terras.
Dados alertam
Dados que alertam para a importância da preservação e conservação da Amazônia. E mesmo diante de tantas campanhas promovidas por diversas instituições, órgãos de segurança e ONGs a favor da preservação, as florestas continuam correndo riscos constante de queimadas e devastação.
O Pará é um dos estados que mais desmatou a Amazônia em 2022, com cerca de 471 km², o que representa 32% e lidera ranking com mais de mil processos contra desmatadores na região amazônica.
Fonte: G1 Santarém