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Naufrágio na ilha de Cotijuba: buscas por vítimas são retomadas nesta sexta-feira (9)

A operação conta com mais de 80 agentes de segurança pública, 10 embarcações e uma aeronave

Foto: Igor Mota / O Liberal
Foto: Igor Mota / O Liberal
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As buscas pelos desaparecidos após o naufrágio ocorrido próximo à ilha de Cotijuba, em Belém, foram retomadas no início da manhã desta sexta-feira (9). O acidente ocorreu na manhã de quinta-feira (8), deixando pelo menos 11 pessoas mortas e 8 desaparecidas. A operação conta com cerca de 80 agentes de segurança pública e vários voluntários, além de 10 embarcações (duas delas particulares) e um helicóptero.

A lancha clandestina Dona Lourdes II saiu de um trapiche irregular de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, com destino a Belém, em possíveis dois trapiches também irregulares, como aponta a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). Perto da praia da Saudade, em Cotijuba, a embarcação sofreu o acidente e afundou. A suspeita é de uma colisão com uma das pedras das águas da região. A lotação declarada, incluindo tripulação, era de 82 pessoas. Porém, como a viagem era ilegal, há possibilidade de superlotação.

Moradores de Cotijuba dão apoio nas buscas e suporte ao que os agentes de segurança precisarem

Moradores de Cotijuba dão apoio nas buscas e suporte ao que os agentes de segurança precisarem (Igor Mota / O Liberal)

Até o final desta quinta-feira, 11 pessoas mortas foram encontradas e encaminhadas à Polícia Científica do Pará para exames. Outros 63 sobreviventes foram resgatados e estão abrigados na unidade pedagógica Faveira, em Cotijuba, onde estão sendo atendidas. O cálculo de possíveis desaparecidos conta apenas com a possível lotação máxima declarada da lancha.

A embarcação já havia sido localizada na tarde de quinta, mas devido à forte correnteza, nível da maré e luminosidade, as buscas por pessoas que pudessem estar dentro da lancha afundada foram suspensas.

Os proprietários da lancha já foram identificados pela Polícia Civil: Meire Ferreira Oliveira e o filho dela, Marcos de Souza Oliveira. Eles são conhecidos por operações com embarcações clandestinas e operando viagens irregulares, como revelam as investigações preliminares.

Mãe e filho Já tiveram duas embarcações apreendidas pelas autoridades navais. Marcos era o responsável direto pela lancha Dona Lourdes II e estava na embarcação, mas fugiu após o acidente. Por sinal, como informou a Segup, dois dias antes eles foram notificados pelas irregularidades da lancha que naufragou. Meire e Marcos estão sendo procurados e podem responder pelo crime de homicídio, omissão de socorro e responder a outros procedimentos pela Marinha do Brasil.

Fonte: O Liberal

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