A angústia da família de Sofia Loren Andrade dos Santos aumenta a cada dia sem notícias sobre a menina. Ela está desaparecida há três semanas, desde o naufrágio da embarcação com quase 90 pessoas que saiu da ilha de Marajó para Belém.
Esta quinta (29) é o 22º dia de buscas para tentar encontrar a criança de 4 anos. Segundo a Secretaria de Segurança do Pará, 66 pessoas sobreviveram e outros 22 passageiros morreram. O condutor do barco está preso.
“Nós já perdemos a esperança de encontrar ela com vida”, diz Neres Campelo do Amaral Filho, tio da menina.
A família é de Salvaterra, no Marajó. Segundo Neres, a mãe de Sofia segue em Belém para ficar mais perto do local de buscas e está na casa de um familiar.
Dois priminhos da menina, um deles filho de Neres, perguntam diariamente sobre ela, pois os três sempre brincavam juntos.
“Meu filho sente muita a falta dela. Ele faz 5 anos em 3 de outubro e já perguntou se a Sofia não vem para o aniversário”, conta.
Sofia Loren, que está desaparecida após naufrágio no Pará, e o primo, que pergunta diariamente por ela — Foto: Neres amaral/Arquivo pessoal
A família está na expectativa que a menina seja encontrada logo e também que o barco seja retirado de dentro da água. Eles acreditam que Sofia esteja lá dentro.
“A gente espera uma resposta do poder público para ver a situação dessa lancha”, diz.
Um pregão será realizado na próxima semana para escolha de empresa que deve retirar ao barco da água. A licitação foi publicada na semana passada. Será feito um processo de reflutuação, custeado pelo Estado, pois a dona do barco manifestou não ter recursos. A expectativa de data exata para este procedimento, no entanto, ainda não foi informada.
Lancha Dona Lourdes que naufragou próximo à Cotijuba, na travessia do Marajó a Belém. — Foto: Reprodução / TV Liberal
Quatro pescadores da ilha de Cotijuba receberam Medalha de Mérito por resgatarem sobreviventes . O decreto com o reconhecimento foi publicado em Diário Oficial do Estado.
Eles receberam a Medalha do Mérito Grão-Pará, “a mais importante comenda do Estado, pelos atos de bravura”, segundo o governo, sendo “concedido às personalidades civis: José Cardoso Lemos, José Learte Lemos, José Carlos Santiago Lemos e Rubson Alesxandro Lemos – reveja no vídeo abaixo um pouco sobre a história deles. Das 22 mortes, 13 eram mulheres, seis homens e três crianças .
Fonte: G1 Pará