Um relatório da Advocacia Geral da União (AGU) aponta que, no Pará, 4,6 mil crianças com até 11 anos tomaram vacinas contra covid-19 que seriam destinadas a adultos. A Secretaria de Saúde do Pará declarou que investiga se houve aplicação incorreta, ou apenas erro no cadastro do sistema.
Os dados constam em manifestação enviada nesta terça-feira (18) ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo advogado-Geral da União, Bruno Bianco. Segundo ele, os números foram retirados da Rede Nacional de Dados da Saúde, na qual estados e municípios são obrigados a registrar informações inseridas em todos os cartões de vacinação.
Segundo a AGU, a maioria dos imunizantes aplicados de forma errada no Pará foi da Pfizer, com 4.513 doses. Em meio à campanha de vacinação contra a covid-19, 57.147 crianças e adolescentes em todo o país foram imunizados com doses para adultos não autorizadas para aplicação em menores de 18 anos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os equívocos ocorreram em todas as unidades federativas.
Apesar da denúncia da AGU apontar que vacinas de adulto foram cadastradas como pediátricas, em nota, a Sespa informou que o Datasus, Sistema do Ministério da Saúde, cadastrou lotes de doses pediátricas como se fossem doses para adulto.
“Estamos investigando se é apenas este erro ou se houve aplicação incorreta. Como esta aplicação é feita pelos municípios, estamos checando com cada secretaria de saúde municipal a real situação. E ainda aguardamos esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre a qualidade destes dados”, informou a Sespa.
Fonte: G1 Pará