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Norte Energia começa a remanejar famílias de área de lagoa atingida por Belo Monte no Pará

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Em Altamira, no sudoeste do Pará, a Norte Energia cumpre recomendação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de remanejar centenas de famílias que vivem em palafitas na região da lagoa atingida pela Usina Hidrelétrica Belo Monte. O órgão considerou que cerca de 4 mil pessoas devem ser remanejadas da área.

As mudanças começaram na parte mais baixa da lagoa no bairro Independente I. Moradores vivem em casas cercadas por esgoto e lixo e relatam diversos prejuízos causados pelos alagamentos.

A Norte Energia informou que, desde o início do mês, já fez a mudança de 39 famílias em situação mais críticas para casas alugadas provisoriamente até que seja concluído o processo de negociação com o Movimento dos Atingidos por Barragens.

As famílias podem escolher entre o reassentamento em uma nova casa construídas pela empresa, ou indenização em dinheiro ou aluguel social. As casas escolhidas pelos primeiros moradores ficam no reassentamento urbano coletivo Laranjeiras.

A Norte Energia disse em nota que as palafitas devem ser demolidas e a prefeitura de Altamira deve ficar responsável pela despoluição da lagoa e pela revitalização de toda a área.

Entenda

Em setembro, o Movimento dos Atingidos por Barragens protocolou no Ibama um pedido de suspensão da licença de operação da usina de Belo Monte até que a Norte Energia inicie a retirada das famílias atingidas do bairro Independente I.

Em julho, cerca de 200 moradores chegaram a ocupar a sede do Ibama em Altamira cobrando o remanejamento.

Mais de 600 famílias que vivem na área conhecida como Lagoa foram reconhecidas em 2017, pelo Ibama, como impactadas socialmente pelo empreendimento. A previsão era que a Norte Energia assinasse um termo de compromisso com a Prefeitura de Altamira para o remanejamento destas famílias até o dia 15 de setembro, mas o prazo se esgotou sem que houvesse um acordo.

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