O bom jornalismo começa com respeito: a prática desleal de copiar sem crédito

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Um dos princípios mais básicos do bom jornalismo é o reconhecimento do trabalho alheio. No entanto, em Altamira, esse princípio tem sido frequentemente ignorado por alguns meios de comunicação locais. Reportagens cuidadosamente apuradas e produzidas pelo portal A Voz do Xingu estão sendo republicadas, reescritas com pequenas alterações, mas sem a devida atribuição de autoria.

É preciso deixar claro: A Voz do Xingu não é uma agência de notícias, mas sim um veículo de comunicação privado, que realiza apuração rigorosa antes de publicar qualquer conteúdo — seja texto, imagem ou vídeo. Quando um material é produzido com exclusividade, ele carrega o esforço de quem esteve presente, ouviu fontes, checou informações e acompanhou o fato de perto.

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Um exemplo recente ilustra bem essa prática desleal. Durante um festival gastronômico que durou sete dias, com participação de diversos estabelecimentos locais, muitos veículos sequer compareceram a um único evento. Mas, uma semana depois, publicaram textos praticamente idênticos ao produzido por Wilson Soares, editor do portal, inclusive repetindo a manchete original.

Se não houve interesse em cobrir o evento quando ele ocorreu, por que, então, tentar capitalizar sobre ele após a repercussão? E mais grave: por que se recusar a dar os devidos créditos a quem, de fato, fez o trabalho?

Essa prática fere não só a ética jornalística, como também a credibilidade de quem a adota. Não se trata apenas de respeito profissional, mas de responsabilidade com o público, que merece saber a origem da informação que consome.

A imprensa local precisa amadurecer e entender que, em vez de competir de forma desleal, o fortalecimento mútuo entre os veículos só engrandece o jornalismo regional. Valorizar o trabalho original é também valorizar a verdade.

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