Dados da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) apontam que em 2019, de janeiro a agosto, mais de dez mil crianças foram diagnosticadas com obesidade em Unidades Básicas de Saúde (UBS), em todo o Pará. Em 2018, cerca de 5% das crianças do estado estavam obesas.
De acordo com a nutricionista Amanda Marcuartu, a obesidade pode estar relacionada a outras condições e o tratamento envolve a mudança de hábitos. “A obesidade infantil é uma doença crônica e pode estar associada à hipertensão, diabetes e colesterol alto. O tratamento envolve reeducação alimentar, prática de atividades físicas e uso de medicamentos, em casos mais específicos”, explicou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), se nada for feito, a previsão é que em 2025, cerca de 75 milhões de crianças em todo o mundo estejam com sobrepeso ou obesidade.
Um calculo básico de Índice de Massa Corporal (IMC) pode identificar se uma criança está obesa. A conta é feita através da divisão do peso da criança pela altura, em metros, ao quadrado. Mas, ainda, a Sespa informa que o passo mais adequado para tratar e diagnosticar a obesidade é indo até a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
As causas da doença podem ser genéticas ou comportamentais. “As crianças são muito direcionadas pelo comportamentos dos pais, então é sempre uma boa que os pais comam frutas, façam atividades físicas com as crianças, brinquem com elas e deem o exemplo porque é a partir disso que elas vão construir o hábito delas”, alertou e recomendou a nutricionista.
O exercício físico é um dos aliados na prevenção e tratamento da doença. “A prática de exercícios estimula o desenvolvimento motor e o desenvolvimentos dos sistemas cardiorrespiratório e vascular do corpo das crianças, evitando que ela venha a ter alguma patologia associada ao sedentarismo ou obesidade”, contou o educador físico Felipe Lages.
Fonte: G1 Pará