Cerca de 10 toneladas de pirarucu salgado, além de 436kg de tambaquis, curimatãs, pacus, surubins, aracus, um tracajá, 160 kg de carne de capivara e 135 kg de carne de jacaré foram apreendidas na sexta-feira (26) em duas embarcações durante fiscalização da operação “Águas Claras” na divisa dos municípios de Prainha, no oeste paraense, e Porto de Moz, sudoeste do Pará.
Os infratores flagrados foram autuados e multados no valor total de R$ 365.620 mil e tiveram todo o produto da atividade ilegal apreendidos pela equipe de fiscalização.
A apreensão ocorreu na margem direita do rio Amazonas, nas proximidades da Reserva Extrativista (Resex) “Verde para Sempre”. Segundo o ICMBio, o flagrante ocorreu em abordagem a dois barcos do tipo “geleiras”, um deles proveniente do município de Igarapé-Miri, e o outro de Almeirim.
O pescado foi doado para comunidades ribeirinhas da Resex Verde para Sempre e para a Prefeitura Municipal de Porto de Moz, que organizou a distribuição para a população. Já a carne de caça foi descartada em razão da falta de condições sanitárias aptas ao consumo.
As Reservas Extrativistas Renascer e Verde para Sempre totalizam quase 1,5 milhão de hectares e possuem em seus territórios vasta extensão de rios e lagos de várzea que são áreas de reprodução de peixes e representam importância fundamental para o incremento e sustentabilidade do estoque pesqueiro da região do Baixo Amazonas.
‘Águas Claras’
O objetivo da ação é coibir a pesca ilegal nos principais rios e lagos das Reservas Extrativistas “Renascer” e “Verde para Sempre”.
A operação de fiscalização ambiental do Instituto Chico Mendes (ICMBio) conta com a participação e apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Santarém, da Operação Rios Federais e dos Policiais Militares da 1ª Companhia Independente de Policiamento Ambiental (1ª CipAmb).