A Polícia Civil do Pará (PCPA) deflagrou a operação Hagnos, de combate à violência contra crianças e adolescentes, que registrou 700 boletins de ocorrência e instaurou 325 inquéritos policiais, dos quais 234 foram concluídos com a identificação dos agressores. Além disso, foram representadas ao Poder Judiciário 45 medidas cautelares e 61 medidas protetivas de urgência solicitadas, garantindo a segurança de vítimas em situação de risco. Ao todo, 1.242 vítimas foram atendidas. A polícia não forneceu detalhes acerca dos crimes registrados. Também não revelou quantas prisões foram contabilizadas.
Além das ações repressivas, a operação incluiu uma forte mobilização preventiva, com a realização de 31 palestras educativas e panfletagens, atingindo mais de 6.590 pessoas. Essas atividades buscaram conscientizar a sociedade sobre os direitos das crianças e adolescentes e incentivar a denúncia de casos de violência. O Conselho Tutelar também teve um papel essencial, com 150 intervenções diretas para garantir os direitos das crianças e adolescentes.
Ação nacional
Realizada em todo o mês de novembro, a operação faz parte de uma ação nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com diversas forças de segurança e instituições de proteção. No Pará, foi implementada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Nomeada “Hagnos” – termo que significa “puro” ou “santo” –, a operação refletiu o compromisso das autoridades em proteger a inocência e dignidade dos menores.
A titular da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), delegada Adriana Norat, afirmou que a operação “Hagnos” 2024 demonstrou a força da atuação integrada entre as diferentes instituições para combater a violência e construir uma rede de proteção mais ampla e eficaz para os mais novos da nossa sociedade.
“Por meio da Hagnos, nós reafirmamos o compromisso das autoridades públicas em garantir um futuro mais seguro para a infância e a adolescência. Além disso, essa mobilização reforçou a necessidade de vigilância constante, políticas públicas efetivas e o envolvimento de toda a sociedade no enfrentamento dessa grave violação de direitos humanos. Através da operação, conseguimos ouvir vítimas, resgatá-las e capturar os responsáveis, demonstrando que a Polícia Civil se preocupa e trabalha de maneira constante em prol dos mais vulneráveis”, concluiu a delegada.
Com Informações de O Liberal