A apreensão e destruição de diversos equipamentos de extração ilegal de minério de manganês na região do Rio Preto são resultados da operação “Locking Down The Hole”, realizada nessa terça-feira (12), no sudeste paraense. Um homem foi preso com porte de várias munições. Ele ainda dava suporte em operações ilegais dos extratores, na região do “Buraco fundo”, como é popularmente conhecida à região de retirada de manganês. A identidade dele não foi divulgada.
Com participação do Exército Brasileiro, Ibama, GSI, Força Nacional e Abin e coordenada pela Polícia Federal em Marabá, está operação é um desdobramento da “Verde Brasil” II, deflagrada desde 2019, que combate crimes ambientais diversos naquela região, principalmente a extração ilegal de minério de manganês.
A operação, segundo o delegado chefe da Policia Federal em Marabá, Marcelo Guimarães Mascarenhas, atende aos requisitos previstos no Decreto nº 10.341/2020, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Em âmbito local, os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz titular da 2ª vara Federal de Marabá, Heitor Moura Gomes.
O delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas entende que a área é da União Federal, portanto de todos os brasileiros, e os infratores estariam extraindo bem de toda a nação. “A Operação visa não somente atuar em cima do minério do manganês, mas também atuar contra a devastação ambiental da região e também por consequência essa extração ilegal de mineração”, declarou.
Se a atividade fosse feita de forma legal não causaria tanto dano ambiental, sem contar que recolheria tributos e que seriam destinados em bens e serviços à sociedade. “Cumprimos a busca e apreensão de máquinas que acabaram sendo inutilizadas, colhemos diversas informações e identificamos vários alvos”, declarou o delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas.
ILEGALIDADE DA MINERAÇÃO
A Polícia Federal estima que pelo menos 50 caminhões circulam diariamente transportando minério de manganês, o que representaria algo em torno de duas mil toneladas extraídas, e um montante avaliado em R$ 1,4 milhão.
A maior parte desse minério tem como destino a exportação, sendo seu escoamento feito através do porto de Barcarena.
Por fim o delegado Mascarenhas deixa claro que a investigação segue no intuito de tentar desvendar todo o esquema de extração de minério de manganês com a identificação dos empresários envolvidos nesta atividade ilegal.
Quanto às maquinas destruídas, o delegado garante que tal medida atende a uma ordem judicial onde diz que se o equipamento não for possível retirá-lo da área é possível realizar a inutilização a fim de cessar a atividade ilícita.
“Tudo é feito dentro da lei”, garante informando que a PF segue em atuação permanente no intuito de cessar os crimes ambientais naquela região.
Fonte: DOL