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Orquestra Sinfônica Brasileira emociona público em Altamira 

Orla do Cais da cidade recebeu o Concerto de Cordas do grupo sinfônico mais tradicional do país. O espetáculo foi um presente da Norte Energia à população

Concerto Orquestra Sinfônica Brasileira_Jaime Souzza_Acervo Norte Energia
Concerto Orquestra Sinfônica Brasileira_Jaime Souzza_Acervo Norte Energia
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A peça “As quatro estações” do italiano Antonio Vivaldi, interpretada pelo Concerto de Cordas da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), um dos grupos sinfônicos mais tradicionais do Brasil, emocionou o público de Altamira, no sudoeste do Pará, na noite do último sábado (3). O espetáculo – inédito na região – foi um presente de Natal da Norte Energia, empresa privada e concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, à população da Transamazônica e Xingu.

A programação teve a participação de grupos locais, que tiveram a oportunidade de apresentar a produção musical da região ao público que lotou a orla da cidade. Um coral formado por 50 crianças, que fazem parte do Projeto Esperança, desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Altamira, abriu a noite com músicas populares e natalinas. A Banda de Fanfarra da Escola Municipal de Música também abrilhantou o evento com apresentação de ritmos brasileiros. Fundada em 2017, a banda acumula mais de 300 apresentações.

O Concerto de Cordas movimentou não apenas a cidade de Altamira, como também toda a região do Médio Xingu, despertando o interesse de quem atua na área da música. O maestro Igor Almeida de Araújo, que coordena um grupo de cordas no município de Brasil Novo, distante mais de 40 Km de Altamira, trouxe 26 crianças e jovens que participam do projeto para ver de perto a Orquestra Sinfônica Brasileira. “Eu fiz questão de trazer todos para ver a apresentação que é inédita na região. Nós gostamos muito, e eles (alunos do projeto) estão morrendo de felicidade. Esta é uma noite que vão guardar na lembrança para sempre”, comentou.

Edijânia Oliveira é mãe da Isabela Sá, integrante do grupo de cordas de Brasil Novo. “Quando eu disse que iríamos a Altamira assistir a orquestra ela ficou muito feliz e eu emocionada. A música foi um divisor de águas na vida dela que pediu para tocar violino e hoje faz até apresentações. Com esse espetáculo eu a vejo muito feliz e sigo aqui emocionada”, afirma.

Apresentação pioneira em Altamira no Estado do Pará. foto: Jaime Souzza/Norte Energia

Quando a atração principal subiu ao palco, a emoção tomou conta do público. Com 82 anos de trajetória, a OSB é reconhecida no Brasil e exterior por seus espetáculos ao ar livre, e em Altamira o sucesso não foi diferente. A formação instrumental do grupo, com 14 músicos da Orquestra de Cordas, interpretou “Cinco Miniaturas”, de Edmundo Villani-Côrtes; e “Três Peças Nordestinas” de Clóvis Pereira na primeira parte do espetáculo. O grande final foi reservado a apresentação de “As Quatro Estações”, de Antonio Vivaldi (1678-1741), um clássico da música erudita mundial.

“O repertório que trouxemos a Altamira mostra os nossos ritmos e folclores brasileiros, além de uma parte dedicada a Vivaldi, com uma das obras mais representativas da música clássica de todos os tempos”, destacou a violinista Gabriela Queiroz, que é spalla (o primeiro-violino) da orquestra. Ela liderou o grupo sinfônico nas interpretações, sempre interagindo com o público entre as apresentações de cada peça.

A presença e o carinho do público altamirense chamaram a atenção dos integrantes da orquestra. “Estar em Altamira tem sido maravilhoso para todos nós. Somos um grupo com mais de 80 anos de história, mas ainda nos surpreendemos com cada local novo em que nos apresentamos. Preparamos um espetáculo para que todos da cidade pudessem apreciar, gerando uma interação com a população que nos recebeu muito bem”, comentou o Diretor Executivo da OSB, Gregório Tavares.

De acordo com a vice-presidente da Fundação OSB, Ana Flávia Cabral Souza Leite, a música proporciona um espaço de encontro de diálogo e foi com este sentimento que os músicos chegaram à região. “A Orquestra é de todos os brasileiros e estar em Altamira é um encontro com o povo que faz parte da nossa história. Promover a união com as riquezas culturais locais é um sentido de missão para nós. De certa forma a gente existe também para permitir e promover a cultura local”, destacou.

Apoio à cultura

Para o superintendente de Relações Institucionais da Norte Energia, Eduardo Camillo, os compromissos da UHE Belo Monte vão além da geração de energia renovável para o Brasil. “A empresa tem apoiado iniciativas importantes na área da cultura para a região da Transamazônica e Xingu. Neste sentido, trazer a OSB a Altamira, com o rio Xingu como cenário, é mais uma ação que vai proporcionar à população vizinha à empresa, o acesso a eventos culturais de alto nível”, declarou Camillo.

A Norte Energia tem se destacado como uma das empresas que mais investe na cultura paraense, sendo agraciada por dois anos com o “Selo Cultura Pará – Empresa Parceira da Cultura”, concedido pelo Governo do Pará às instituições que patrocinaram projetos culturais. O reconhecimento foi ao apoio da concessionária ao Festival Canção da Transamazônica (Fecant), que busca valorizar a música brasileira e incentivar a produção artístico-cultural do Estado, especialmente na região do Médio Xingu. Nos próximos dias 16 e 17 de dezembro, também na Concha Acústica da Orla de Altamira, o Fecant chegará à sua 8ª edição com as tradicionais disputas de intérpretes regionais e nacionais e o grande show de encerramento com a cantora Adriana Calcanhoto.

Sobre a Orquestra

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é considerada um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 82 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

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