O Estado do Pará registrou 13.928 casos de dengue até o dia 31 de julho deste ano. As informações foram divulgadas pelo 11° Informe Epidemiológico de Arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) que também listou nove óbitos pela dengue, 283 casos da doença com sinais de alarme e 34 casos de dengue grave.
Uma das recomendações para evitar que os casos de dengue se agravem é não se automedicar. Os pacientes com sintomas iniciais de dengue (como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações) não devem consumir remédios com o componente o ácido acetilsalicílico (AAS) e nem anti-inflamatórios. O AAS é uma substância que pode causar o agravamento da doença e está presente em várias marcas de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e da febre.
A confusão pode acontecer porque os sintomas iniciais da dengue se confundem com gripe e covid-19. As pessoas acabam se automedicando com frequência com Aspirina, Melhoral e Coristina D, que contêm AAS. Caso seja dengue, o AAS pode estimular o surgimento de hemorragias. Também não devem ser usados anti-inflamatórios, em geral, tais como diclofenaco, cetoprofeno, ibuprofeno e nimesulida.
A recomendação correta é para que os pacientes procurem um médico para um diagnóstico e medicação correta.
O ácido acetilsalicílico é uma droga anticoagulante usada para afinar o sangue, ou seja, ela diminui a agregação de plaquetas, reduzindo a coagulação sanguínea.
As pessoas que já contraíram dengue há pelo menos quatro anos possuem o risco de desenvolver a doença no estado grave. A imunidade prévia de um tipo de dengue não protege contra o tipo diferente da doença e ainda pode agravar o caso. No Pará, circulam os vírus DENV1, DENV2 e DENV3.
Não existe um tratamento específico para a dengue, o que se trata são os sinais e sintomas. Desta maneira, se o paciente tiver ter febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos e cansaço, a recomendação é que a pessoa inicie o tratamento ingerindo bastante líquido e procure logo tratamento médico.
A vacina contra a dengue está disponível nas unidades de saúde para crianças de 10 a 14 anos.
Outra medida preventiva de combate à doença que devem ser tomadas é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O mosquito se reproduz em água parada. Para solicitar orientações e denunciar a existência de possíveis criadouros de mosquito, a população deve procurar a Secretaria Municipal de Saúde dos municípios.
As orientações são para manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados, colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada, não deixar água acumulada em lajes, manter garrafas com boca virada para baixo, acondicionar pneus em locais cobertos, proteger ralos sem tampa com telas finas, manter as fossas vedadas, encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana, eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.
Fonte: O Liberal