O Pará foi o estado brasileiro com maior percentual de queda no número de mortes por covid-19 nesta segunda-feira (3). O cálculo é de -81% na variação da média de mortes dos sete últimos dias em relação à média de mortes de duas semanas atrás, com dados atualizados às 20h desta segunda. A informação é do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Outros oito estados também apresentaram variação de queda, segundo o consórcio: Amapá (-60%); Maranhão (-48%); Amazonas (-39%); Paraíba (-34%); Ceará (-23%); Pernambuco (-22%); Espírito Santo (-18%); e Alagoas (-18%).
No total, seis estados apresentaram alta de mortes a partir desta variação: Mato Grosso do Sul (+44%); Rio Grande do Sul (+40%); Acre (+39%); Santa Catarina (+33%); Paraná (+30%); e Tocantins (+27%).
E 11 estados e mais o Distrito Federal apresentaram variação de estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: Minas Gerais (+13%); Bahia (+13%); Rio Grande do Norte (+11%); Rio de Janeiro (+9%); Distrito Federal (+5%); e Roraima (+5%); Sergipe (0%); Goiás (-3%); Mato Grosso (-4%); Rondônia (-9%); São Paulo (-9%); e Piauí (-12%).
A média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 995 óbitos, uma variação de -5% em relação aos dados registrados em 14 dias. A última vez que o país tinha registrado média de menos de mil mortes foi em 2 de julho.
Os indicadores do consórcio utilizam os seguintes critérios: média móvel (média de casos ou mortes dos últimos 7 dias); variação (mudança da média móvel nos últimos 14 dias); e estabilidade (variações de até 15%, para mais ou para menos).
Para calcular a média móvel, basta somar o número de casos ou mortes do dia com o dos seis dias anteriores. Para saber a tendência, é preciso calcular a variação percentual das médias móveis em um intervalo de 14 dias. Por exemplo, a média móvel do dia 14 será comparada com a média móvel do dia 1º. Se este percentual for de até 15%, é considerado estável. Se for acima de 15% positivos, está em crescimento. Se for mais de 15% negativos, está em queda.
Sespa comenta sobre redução de casos
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) disse, em nota, que o Pará apresenta redução no número de casos da covid-19. Segundo a Secretaria, “esse é o resultado de diversas medidas foram adotadas pelo Governo do Estado para conter a proliferação do novo coronavírus no Pará, como a ampliação de três para 702 leitos de UTI exclusivos pra covid, além da contratação de médicos, distribuição de medicamentos e de respiradores em todo o Estado”.
A Sespa informou “que adotou a mudança temporária dos perfis de hospitais estaduais, passando a atender exclusivamente covid-19, acolhendo a demanda que não era suprida pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e pelos prontos-socorros da capital”, afirmou.
“Foi o caso do Hospital Abelardo Santos, que atendeu mais de 38 mil pessoas e da Policlínica Metropolitana, em Belém, que realizou mais de 44 mil atendimentos. Casos leves e moderados receberam atendimento médico rápido, com oferta de medicamentos, exames e diagnóstico precoce, prevenindo agravos futuros”, informou a nota.
Outra medida foi a Policlínica Itinerante, que, segundo a nota, iniciou as atividades no dia 14 de maio e já levou atendimento médico e remédios a mais de 84 municípios do interior paraense, beneficiando mais de 60 mil pessoas.
A Secretaria também citou outras medidas, como o bandeiramento. “Que dividiu o Estado em várias regiões para monitorar o nível de contágio e disponibilidade de leitos em cada região. Medidas de isolamento social como o lockdown nos municípios que estavam evoluindo o número de casos”, detalhou.
E finalizou com algumas recomendações. “Para manter as reduções, é necessário que a população continue adotando medidas de higiene, como lavar sempre as mãos ou utilizar álcool, bem como manter o distanciamento social e fazer o uso de máscaras, item obrigatório”, concluiu a nota da Sespa.
Fonte: O Liberal