Apesar de ser um grande produtor e exportador de energia elétrica para o restante do país, o estado do Pará é uma das federações com as maiores tarifas do Brasil, segundo aponta o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
O ranking considera a tarifa média de energia elétrica, já incluindo impostos, aplicada aos segmentos residencial, comercial, industrial e rural. Essa média é calculada ponderando a participação de cada categoria no consumo total de energia do estado, com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O estado do Pará é um dos maiores produtores de energia elétrica do Brasil, com destaque para as hidrelétricas de Tucuruí e Belo Monte, que juntas representam uma parte significativa da matriz energética nacional. Mesmo assim, na lista, o estado aparece em 27º lugar, ficando entre os estados com a tarifa de energia mais cara do país.
No ranking, o estado que aparece com o menor custo de tarifa média é a Paraíba (PB), seguido de Santa Catarina(SC) e Roraima (RR).
O valor da tarifa é determinado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e concessionária de energia responsável pela distribuição do serviço. A Aneel fixa o valor da tarifa de energia que deve ser cobrada na fatura bem como o valor de alguns dos serviços oferecidos pelas distribuidoras. Esses valores são reajustados anualmente.
Segundo nota enviada pela Equatorial Pará, “compete à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) calcular e definir as tarifas aplicáveis a cada concessão. Diversos fatores impactam o valor final, como o porte e a complexidade de atuação em cada estado. No Pará, a dimensão territorial e a complexidade logística tornam mais elevados os custos de operação, manutenção e expansão da rede.”
A concessionaria ainda afirma que a tributação incidente faz que o preço da energia seja elevado. “No estado, do valor da fatura de energia apenas 32% são destinados à distribuidora para manter, operar e fazer os investimentos necessários a melhoria contínua do fornecimento, os outros 68% correspondem a impostos, encargos setoriais, além de custos de compra e transmissão de energia, que não são de responsabilidade da distribuidora.”
A Equatorial ainda detalha que mesmo tendo duas grandes usinas hidrelétricas no estado, não muda o modal de compra e transmissão que ocorre por meio de leilões, sendo assim, podendo ser abastecida por outras usinas de outros estados. “Pelo modelo setorial vigente, mesmo com duas grandes hidrelétricas localizadas no Pará, elas geram energia para todo o país, assim como as usinas de outros estados também abastecem o Pará. Além disso, nenhuma distribuidora escolhe de quem compra energia: a aquisição ocorre exclusivamente por meio de leilões organizados pelo Governo Federal, conforme a necessidade declarada para atendimento aos consumidores”.






















