Segundo novo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na sexta-feira (9), em fevereiro de 2021 o Pará gerou mais de 280 postos de trabalho na Indústria.
O estudo é elaborado em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), com base em dados do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O estudo divulgado pelo Dieese aponta que em fevereiro foram feitas, em todo o Pará, 3.101 admissões contra 2.820 desligamentos, o que gerou um saldo positivo de 281 postos de trabalhos formais. No mesmo período do ano passado (fevereiro/2020), o Estado também apresentou crescimento de empregos formais, só que maior que o verificado este ano. Ano passado, foram registradas 3.323 admissões, contra 2.858 desligamentos, gerando um saldo positivo de 465 postos de trabalho no setor formal.
Everson Costa, técnico do Dieese, avalia que o segundo ano de pandemia implica em dificuldades extremas para todos os setores econômicos do mundo todo. Entretanto, é possível observar comportamentos diferentes conforme as especificidades locais.
“A indústria tem uma dinâmica diferente aqui no estado, praticamente está ligada aos setores extrativista e mineral, que cresce cada vez mais a passos largos diante da verticalização do que é produzido no campo também. Temos a produção de cacau, açaí, o agronegócio, ou seja, temos espaço para crescer. E as atividades tradicionais de mineração também ganham formulação e estruturação”, pontuou o representante do Dieese.
O Dieese ainda reforça que nos últimos 12 meses o Pará foi o estado do Norte que apresentou a maior geração de empregos formais na indústria, com 5.757 postos.
Titular da Seaster, Inocencio Gasparim, destacou o novo pacote econômico do Governo do Estado, como forma de estimular as atividades, revertendo os resultados em emprego e renda. “O Estado tem se adiantado com propostas e projetos econômicos, principalmente aos mais vulneráveis. Porém, sabemos que todos os setores têm sentido dificuldades e cabe a nós impulsionar este processo de retomada. O novo pacote econômico apresentado pelo Governo, com R$ 500 milhões para reduzir os impactos da pandemia em vários setores, nos dá possibilidades de um cenário mais positivo”, afirmou o secretário.
Especificamente para o setor de transformação, o governo estadual concedeu 90% de isenção sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Como todas essas empresas garantem 75% de redução de Imposto de Renda, elas têm todo o incentivo para continuar produzindo. À medida em que vacinamos a população, conseguimos trazer a normalidade de volta e expandir o plano de retomada econômica. Certamente, teremos a continuidade de obras públicas, de investimentos e outros fatores positivos que contribuem diretamente na manutenção desse crescimento”, acrescentou Gasparim.
Fonte: G1 Pará