O Pará registrou uma queda de 17,36% no número de casos de dengue em relação a 2019. Em 2020, foram 1.846 casos confirmados de dengue. E, no ano anterior, 2.234 casos. Houve um óbito registrado em fevereiro, no município de Uruará, e ainda há 147 casos em investigação. A informação consta do último Informe Epidemiológico emitido, nesta sexta-feira (8), pela Coordenação Estadual do Programa de Controle da Dengue da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Os cinco municípios com mais casos confirmados de dengue são Altamira (292), Novo Progresso (214), Belém (183), Santana do Araguaia (125) e Itaituba (100).
Dos 1.846 casos de dengue, 1.827 foram classificados como dengue, 16 como dengue com sinais de alarme e três como dengue grave. Coordenadora estadual de Controle da Dengue, Aline Carneiro disse que é importante que as secretarias municipais de Saúde façam a notificação imediata de casos graves e óbitos suspeitos. A investigação epidemiológica é necessária para confirmação de mortes por dengue, com aplicação do protocolo específico e realização dos exames de sorologia e isolamento viral no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Instituto Evandro Chagas (IEC).
Segundo Aline Carneiro, coordenadora estadual de Controle da Dengue, em 2020, o Lacen-PA e o IEC identificaram três sorotipos de vírus da dengue circulantes no Pará – ou seja, 30 casos de dengue tipo 1, três casos de dengue tipo 2 e 1 caso de dengue tipo 4. No que tange à febre de chicungunya, em 2020, houve 152 casos confirmados, representando uma queda de 93,45% em relação a 2019, com 2.322 casos confirmados. Os cinco municípios com mais casos confirmados de Chicungunya são Parauapebas (27), Santarém (26), Belém (25), Bragança (15) e Altamira (13).
Houve aumento nos casos de zika vírus, informa a Sespa
Ao contrário da dengue e chicungunya, Aline Carneiro disse que o Pará registrou aumento nos casos de febre de zika vírus. Foram 158 casos confirmados em 2020, correspondendo um aumento de 243% em comparação com 2019, com 46 casos confirmados. “É importante ressaltar que a maioria dos casos, que levou a esse aumento considerável, ocorreu no primeiro semestre e se concentrou nos municípios de Prainha e Santarém, onde o surto foi controlado com ações municipais com assessoria e apoio da Sespa e todos os casos estão sendo monitorados, não tendo havido nenhum caso de óbito”, explicou a coordenadora estadual. “Foram 74 em Santarém e 78 em Prainha”, acrescentou.
Aline Carneiro aponta para a necessidade de que a população não relaxe nas medidas preventivas em casa e entorno da residência, principalmente porque, em função da pandemia de covid-19, os agentes de endemias ainda estão com ações limitadas, durante as visitas domiciliares. “Nós, enquanto Sespa, prosseguimos com a assessoria técnica e apoio aos municípios para o controle dessas três endemias, mas é muito importante que cada família elimine os criadouros do mosquito Aedes aegypti pelo menos da sua própria casa”, afirmou (Com informações da Sespa).
As principais medidas que devem ser tomadas:
· Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
· Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
· Não deixar água acumulada sobre a laje;
· Manter garrafas com boca virada para baixo;
·Acondicionar pneus em locais cobertos;
· Proteger ralos sem tampa com telas finas;
· Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana.
Fonte: Sespa