A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (15/12), reajuste nos combustíveis. A gasolina sofrerá aumento de 3% e o diesel, de 4%. O Dmar (combustível marítimo) também terá elevação, de 4,1%. Os novos valores entram em vigor nesta quarta-feira (16). Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o efeito nas bombas será de R$ 0,0518, na gasolina A; e de R$ 0,0749, no diesel.
Este é o 40º reajuste da gasolina este ano, sendo 21 reduções e 19 aumentos. No diesel, é o 31º reajuste, 16 elevações e 15 quedas. Em 2 de dezembro, a estatal anunciou redução de 2% na gasolina. “O preço médio do diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras passa a ser de R$ 1,95 por litro. No ano, o valor do litro do combustível acumula redução de 16,6%. Já o preço médio da gasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras passa a ser de R$1,75 por litro. No ano, acumula redução de 8,7%”, informou, hoje, a Petrobras.
Segundo a companhia, os valores praticados têm como referência os preços de paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. “No ano, o preço médio do diesel comercializado pela Petrobras atingiu mínimo de R$ 1,30 por litro. Para a gasolina, o mínimo foi de R$ 0,91 por litro.”
“Importante ressaltar que o preço do diesel e da gasolina vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias pela Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis”, acrescentou a companhia.
Composição do preço
Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), coletados entre 6 e 12 de dezembro de 2020, no ano os preços médios de diesel nos postos revendedores nas principais capitais apresentaram redução de 2,4%. Para a gasolina a queda apurada foi de 0,7%.
No mesmo período, os preços de diesel praticados pela Petrobras responderam por cerca de 45% dos preços ao consumidor nos postos de combustíveis. No caso da gasolina, a participação da estatal foi de 28%. O restante da composição é assim dividido: 13% de margem da distribuidora e revenda; 15% de etanol; 29% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e 15% de Contribuição sobre Intervenção de Domínio Econômico (Cide), Pis e Cofins. Esses dados têm base nos preços médios da Petrobras (gasolina A, pura), e nos preços médios ao consumidor final (gasolina C, já com mistura de etanol) em 13 capitais e regiões metropolitanas brasileiras.